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As três ondas do impacto da IA generativa na sociedade

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As três ondas do impacto da IA generativa na sociedade

Dra. Radhika Dirks, CEO & Co-Founder da Xlabs e Ribo, falou no Maximidia sobre as transformações que a tecnologia está provocando no mercado


5 de outubro de 2023 - 18h26

Dra. Radhika Dirks fala sobre as ondas provocadas pela IA generativa (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

A Dra. Radhika Dirks, CEO e cofundadora da Xlabs e Ribo subiu ao palco do Maximidia nesta quinta-feira, 5, com o objetivo de falar sobre como a inteligência artificial tem impactado o mercado e a sociedade, bem como sobre o potencial que essa tecnologia tem de desenvolver soluções ou problemas.

A executiva começou a palestra explicando que ninguém estava preparado para a explosão que o Chat GPT causou na revolução da IA generativa. Para ela, nem mesmo as pessoas que trabalham nesse ramo esperavam tamanha penetração em pouco tempo. Com isso, os reflexos começaram a surgir. “Essa é uma tecnologia transformativa. Há três ondas que vem ocorrendo e para cada uma dessas ondas, gostaria de compartilhar como vai a humanidade”, diz.

Onda 1 – explosão de criatividade

Segundo a Dra. Radhika Dirks, uma das principais consequências do surgimento massivo dessas ferramentas de IA é a explosão de criatividade. Figuras imaginadas podem ser criadas, ou mesmo um site pode ser desenvolvido em segundos através das ferramentas. Para ela, a criação se tornou democrática.

No entanto, muitos se perguntam como essa criatividade tecnológica pode impactar na geração de mão de obra humana. Para responder a essas questões, Driks afirma que a agilidade e adaptabilidade humana serão habilidades fundamentais para que, ao invés de lutar contra a tecnologia, os profissionais passem a atuar ao lado dela.

“Fazemos as perguntas erradas. O questionamento a ser feito deve ser: se a IA consegue fazer meu trabalho, eu consigo treinar ela para fazer o meu trabalho completo?”. A resposta esta no modelo de trabalho que a sociedade mantem hoje.

Driks firma que esse modelo atual foi desenvolvido a partir de uma revolução tecnológica, mas que agora a sociedade está passando por novas transformações. “Esses modelos antigos, pensados em torno de produtividade precisam ser jogados fora. O momento é uma oportunidade de mudar a sociedade”.

Onda 2- um mundo de ilusões

Ao mesmo tempo que a IA generativa pode gerar benefícios, ela também pode causar problemas. A Dra definiu a tecnologia como mentirosa. Esse comentário foi feito porque a IA já demonstrou ser capaz de produzir imagens e até músicas falsas.

Por isso, muitos especialistas estão preocupados com o que a inteligência artificial pode gerar. Esse tipo de atividade pode ser perigosa e preocupante diante da indústria das fake News. “A IA tem um potencial que pode ameaçar o tecido da democracia”, diz.

A resposta para esse problema é seguir e confiar nos seus instintos, pois será dessa forma que as pessoas conseguirão determinar o que é real e o que é fake na internet.

Onda 3 – a corrida pela intimidade

Por fim, o terceiro ponto levantado pela Dra foi em relação a como essa tecnologia busca criar uma intimidade com os usuários. Isso significa que as pessoas passarão mais tempo conectadas com os bots. “Ela é uma assistente para tudo, é um melhor amigo, terapeuta, um assistente de compras. A IA quer ser tudo isso”.

O próximo passo para as inteligências artificiais é se tornarem um bot próprio para cada pessoa. Essa é a onda da intimidade. Isso acontece, porque a IA pode ser treinada e recebe informações que são capazes de gerar as informações necessárias.

Neste caso, a CEO entende que a melhor forma de se proteger dessa megaexposição a tecnologia é manter as raízes humanas. Para ela, as ferramentas podem salvar o mundo de catástrofes, se usadas corretamente, mas para isso é preciso manter as raízes humanas.

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