Como a inteligência artificial se tornou uma aliada das agências?
Os executivos da DM9 e Africa Creative comentam sobre como a ferramenta tem sido utilizada nas agências e quais os principais desafios desse processo
Como a inteligência artificial se tornou uma aliada das agências?
BuscarOs executivos da DM9 e Africa Creative comentam sobre como a ferramenta tem sido utilizada nas agências e quais os principais desafios desse processo
Renan Honorato
2 de outubro de 2024 - 16h05
No painel “Seremos nós os robôs?”, profissionais da Africa Creative e da DM9 debateram sobre o diferencial da criatividade após o advento da inteligência artificial. Na pesquisa Futuro das Agências, realizada pela KPMG e pelo Meio & Mensagem, a IA já é uma realidade nas agências.
Das 51 agências entrevistadas, todas afirmaram que já adotam IA. Algumas estão em fase inicial; a maioria em fase intermediária e somente 16% em fase avançada.
Na DM9, existe uma área focada para o desenvolvimento de produtos digitais em IA liderada por Cleber Paradela, vice-presidente de conteúdo e inovação da agência.
Segundo ele, além de ofertar essa solução para o mercado, o objetivo é que a área traga ideias para o cotidiano da agência. Em parceria com o KFC, a DM9 tem trabalhado ao lado de uma ferramenta, em fase beta, que acompanha a criação das peças, tom de voz e outras demandas.
Enquanto isso, a Africa Creative, que também pertence ao grupo Omnicom, também compartilha de algumas soluções em IA. Uma delas é chamada de ChatDDB, um chatbot que avalie o sucesso de uma ideia a partir do contexto. Por exemplo, se um criativo perguntar sobre o sucesso de uma ação para um fastfood, essa IA vai trazer elementos como relacionados ao tema, como veganismo e saúde. Para Joanna Monteiro, co-CCO da Africa Creative DDB, a ferramenta serve como um assistente jurídico.
Na mesma pesquisa, os líderes de agências disseram que o aumento de criatividade e inovação em campanhas ficava entre os últimos benefícios da IA. De acordo com Paradela, quanto mais alto na hierarquia, os profissionais ficam distantes do ferramental, o que pode impactar essa percepção.
Para Joanna, a criatividade e a originalidade também podem acompanhar a tecnologia, na medida em que esta contribuí para insights de qualidade. “Nossa profissão é sobre conectar as marcas com as pessoas. A criatividade vende. Precisamos ser criativos o suficiente para usar aquela tecnologia”, diz. De fato, 82% citaram a melhoria na eficiência operacional e 51%, avaliaram como a otimização da análise de dados e geração de insights.
Para o futuro, Paradela avalia que existe potencial para o uso da inteligência artificial no Costumer Relationship Costumer (CRM), sobretudo, para a customização de entregas. Além disso, Joanna ressalta que é impossível falar de tecnologia hoje sem falar de IA e, por consequência, os clientes precisam estar inseridos nesse debate. “Os clientes que não entrarem nesses temas vão morrer”, ressalta.
Compartilhe
Veja também
Disney: como estratégias integradas e narrativas conectam marcas, fãs e negócios
Adriana Vendl, head ad sales & streaming na Disney, Daniela Lopes, head brand integration, e Giselle Ghinsberg, diretora ad sales & partnerships, explicaram as estratégias da companhia para se manter líder no mercado de entretenimento
Inovação criativa e conexões estratégicas: alternativas de marketing
Superintendente de marketing e mídia do Itaú, diretora de marketing sênior das marcas mainstream & economy e sócio e vice-presidente de crescimento da Cogna falam sobre redefinição de marketing nas empresas