Dez tensões culturais às quais as marcas devem prestar atenção
Levantamento da Winnin traz questões que estão em alta e podem ser uma oportunidade paras as marcas se envolverem
Dez tensões culturais às quais as marcas devem prestar atenção
BuscarLevantamento da Winnin traz questões que estão em alta e podem ser uma oportunidade paras as marcas se envolverem
Carolina Huertas
5 de outubro de 2022 - 17h55
Em uma realidade onde as marcas vivem uma crise de relevância, Gian Martinez, co-founder e CEO da Winnin, apresentou no palco do segundo dia do MaxiMídia 2022, 10 tensões culturais às quais toda marca deve prestar atenção.
O executivo contou que a missão da empresa é mapear a cultura para ajudar as marcas a serem mais relevantes na vida das pessoas, se destacando, assim, na disputa pela atenção dos consumidores. Martinez revela que os dados usados pela Winnin são puxados através do consumo de vídeo, já que 82% do conteúdo da internet é consumido em formato de vídeo.
Impulsionados pelas crescentes temáticas raciais, a primeira tendência apresentada foi a necessidade de um vocabulário antirracista. Martinez conta que os dados apontam que as empresas que não se atentarem a vocabulários racistas não serão mais aceitas. Como exemplo, o executivo comentou a repercussão do vídeo do jogador Vinicus Jr., vítima de racismo pela mídia.
Os levantamentos apontam que existe uma ligação gigantesca entre os problemas financeiros e os problemas de saúde mental. Martinez comenta que os dados revelam as dificuldades financeiras como uma das maiores razões de suicídio. Ao mesmo tempo, percebe-se um crescimento constante da criação de conteúdo para falar sobre educação financeira. Diante disso, ele reflete que essa pode ser uma oportunidade de atuação para as empresas.
Também vinculada à questão anterior, a terceira tendência aponta um espaço de criação ao lado de conteúdos que falam sobre saúde mental, facilitando o acesso. Principalmente por questões financeiras, as sessões de terapia não são uma possibilidade para diversas pessoas. Por outro lado, os dados apontam uma crescente procura de conteúdos que contenham relatos sobre questões mentais.
Acelerada pela tendência de compartilhamento de rotinas de procedimentos estéticos, existe uma preocupação dos impactos nocivos desses conselhos de beleza, principalmente na população mas jovem e menos favorecida do ponto de vista socioeconômico. Além da nocividade da questão, Martinez conta que os dados indicam que esses conteúdos estão sendo consumidos em sua maior parte pela geração Z. Questão preocupante que abre espaço para projetos.
Logo após a pressão estética, a 5ª tensão cultural levantada é a busca e produção de muitos conteúdos nas redes sociais que colocam a juventude como um ideal extremo a ser perseguido. Conteúdos esses que colocam ser velho, ter rugas ou parecer cansado como algo ruim ou vergonhoso.
Tema que já teve grande atenção das marcas, o bullying segue crescendo a todo vapor. Porém, ao longo do tempo mudou sua configuração e está ligado ao cyberbulling. Com criadores de conteúdo mais expostos a essas questões, as redes sociais têm se mostrado uma poderosa ferramenta de linchamento virtual. Martinez aponta que além dos impactos na saúde mental, a cultura do cancelamento está fomentando desinformação e promovendo uma reflexão de como promover uma relação mais saudável com as redes sociais.
Amplificado pelo caso Amber Heard X Johnny Depp, a discussão sobre a nocividade dos relacionamentos abusivos tem ganhado relevância. O mapeamento elencou o assunto sobre relacionamentos abusivos como a 7ª tendência.
Impactado pelo surgimento e crescimento da Shein, o legado do ultrafastfashion e suas consequências no meio ambiente também vem se destacando nos debates do universo da moda.
Alguns assuntos, como o desperdício de comida, são temas consistentes que transitam em todas as áreas. E apesar de não terem pautas de pico, é um assunto que está sempre em alta, segundo os dados. Com isso, a oportunidade de entrar no tema e despertar trends do bem enquanto alguns criadores desperdiçam comida parar criar seus conteúdos é uma oportunidade.
A 10ª tensão cultural apresentada por Martinez, o apoio as causas LGBTQIAP+, para além da Semana de Orgulho, se apresenta como uma questão crescente de aberta a apoio. Também uma questão perene, os dados mostram o interesse e uma busca constante no território.
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