10 tendências globais de música, segundo o Spotify
Pesquisa da plataforma de streaming traz dados sobre o consumo de música em diferentes países
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Carolina Huertas
2 de agosto de 2022 - 15h54
A pesquisa global Fan Study, do Spotify, apresentou 10 insights sobre o comportamento de fãs e artistas ao redor do mundo. Os dados apontam como a música vem cruzando fronteiras, construindo bases de fãs fora de seu mercado doméstico e revela tendências regionais em destaque. Confira:
Segundo os dados, a América Latinha é a região que mais descobre músicas novas. O ranking é liderado pela cidade de São Paulo, com 700 milhões de streamings de novo conteúdo, seguido de Santiago, capital do Chile, com 600 milhões, e da Cidade do México, com aproximadamente 600 milhões. Complementam a lista Los Angeles (Estados Unidos) com aproximadamente 400 milhões, Londres (Reino Unido) com mais de 300 milhões, Chicago (Estados Unidos) com mais de 300 milhões, Paris (França) com aproximadamente 300 milhões, Sydney (Austrália), com aproximadamente 300 milhões, Dallas (Estados Unidos) com aproximadamente 300 milhões e Istambul (Turquia) com aproximadamente 300 milhões.
Explorando o mercado global, em média 66% das descobertas de novos artistas acontecem fora do país de origem do artista. Para além do lançamento, o estudo revelou que, em média, 64% dos ouvintes mensais de um artista são fãs de fora do país de origem; 62% de seus ouvintes salvam músicas e 63% adicionam a playlists.
Segundo a plataforma, globalmente, os usuários escutam, em média, artistas de 14 países diferentes todos os meses. A princípio, os ouvintes europeus lideram essa movimentação, com esse número chegando a 16 países por mês; enquanto que para ouvintes do Oriente Médio e África, ele cai para 12, e da Ásia-Pacífico, para 11 países por mês.
Atualmente o Spotify está presente em 177 países. Apesar disso, no primeiro ano de lançamento na rede, os novos seguidores do artista costumam ser de seu mesmo país de origem. Porém, depois de 5 anos, 57% dos artistas têm um crescimento maior em países estrangeiros.
Transformando as tendências musicais, a pesquisa mostrou que, nos últimos cinco anos, o número de faixas de origem fora da América do Norte e Europa nas melhores músicas da semana no Spotify Charts mais que dobrou. Em sínteses, as músicas das regiões Ásia-Pacífico, América Latina, Oriente Médio e África entre as melhores músicas da semana aumentaram de 9,5% em 2017 para 20,9% em 2021.
Como resultado, também foi identificado um engajamento diferenciado dos fãs. Em média, os top 5% de fãs escuta o artista seis vezes mais que todo o restante da audiência. Além disso, as estatísticas mostram que seis meses após salvar uma faixa, um fã escuta as músicas de seu artista favorito três vezes mais do que antes.
Ao mesmo tempo, quando um fã adiciona uma música a uma playlist pessoal, os streamings da faixa aumentam 41% e a frequência de visitas ao perfil do artista sobe 12%.
Dados interessante para ser usado nas estratégias, a plataforma divulgou que no dia do lançamento de um álbum, o tráfego no perfil do artista no Spotify é muito maior, pois no período as visualizações da página do artista aumentam 77% e da página do álbum em 72% em relação ao dia anterior.
Observando os melhores momentos, os streamings do catálogo aumentam de 15% a 20% em dias de novos lançamentos. Por outro lado, 53% dos lançamentos atingem o pico de streaming mais de uma semana após o primeiro dia.
O Spotify também afirma que os fãs são muito mais ecléticos do que se imagina. Segundo os dados, o pop é o gênero que mais se mistura entre fãs de hip hop, pois aproximadamente 50% dos fãs que escutam pop também escutam hip hop e 70% dos fãs de hip hop também seguem artistas de pop.
Na plataforma o rock também é um gêneros mais preferidos entre fãs de outros ritmos, onde mais de 75% dos fãs de metal acompanham artistas de rock; e, entre os fãs de hip hop e pop, esse número é de aproximadamente 35%.
Dentre todo o mercado, os fãs da Tailândia são os que compartilham mais faixas, com uma média de 7,9 compartilhamentos por ouvinte a cada mês, o que representa mais de 80% que o resto do mundo.
Já na Alemanha e na Coreia do Sul, os artistas mais ouvidos de cada país têm, respectivamente, 63% e 46% mais streamings que a média global.
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