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O Brasil passa de fase

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Mídia

O Brasil passa de fase

País destaca-se como o quarto maior do mundo em número de gamers


3 de maio de 2011 - 5h30

A pesquisa anual feita pela Newzoo – empresa internacional de estudo de mercado focada na indústria de jogos – e encomendada pela Real Games, líder mundial no mercado de jogos casuais, trouxe boas “novidades” para os brasileiros: segundo o estudo, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com o maior número de usuários de jogos digitais, com 35 milhões. Realizada junto a 20 mil pessoas em 10 países, esta é a primeira vez em 12 anos que a pesquisa considera os mercados emergentes do Brasil, México e Rússia.

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Segundo Ronaldo Bastos, diretor executivo da Atrativa – subsidiária latino-americana da Real Games – a pesquisa ajudou a quebrar paradigmas, uma vez que mostra a grande relevância que o Brasil tem, não só em número de jogadores, mas também em pessoas que gastam dinheiro com games – onde atingiu também a quarta posição. “Isso derrubou um mito (ruim) que existia sobre a pirataria ser quase a totalidade do mercado e os brasileiros não gastarem dinheiro com games”, afirma o executivo.

Tendo como base as pessoas ativas na internet – que no Brasil são 46 milhões – a pesquisa mostrou que o País possui 35 milhões de usuários de jogos digitais, tendo só os Estados Unidos (145 milhões de jogadores), Rússia (38 milhões) e Alemanha (36 milhões) à sua frente. Contemplando usuários de todos os tipos de jogos – dos consoles aos MMO’s (Massive Multiplayer Online) – o estudo mostrou que os jogos casuais são os mais usados, com 26 milhões de usuários, seguidos pelos jogos sociais (presentes em redes como Facebook e Orkut) e os desenvolvidos para a plataforma mobile, com 24 milhões de usuários cada.

Outro dado importante levantado pela pesquisa foi o tempo gasto com os games: no Brasil, os jogadores gastam em média 10,7 horas por semana jogando, o que é quase o dobro do tempo gasto com a TV – 5,5 horas por semana – e praticamente igual ao tempo gasto na internet (11,3 horas semanais). O estudo ainda indicou que, dos 35 milhões de usuários de jogos, quase metade (17 milhões) já efetivamente gastaram dinheiro com jogos. “Com tantos usuários, não dá mais para negar os jogos como mídia”, afirma Bastos.

Desta maneira, não é se de surpreender que grandes anunciantes – como Unilever, P&G e Coca-Cola – estejam investindo cada vez mais nesta plataforma. “O game como mídia não é novidade; a novidade é quem é o público desta mídia – não é só o filho, mas também o pai, a dona-de-casa, etc. Desta maneira, as marcas começaram a sacar isso e usar não só os sites de jogos, mas também os games em si”, explica Bastos. Mas como fazer isso com sucesso? Segundo dados da pesquisa, o mais importante no anúncio é o seu design (com a opinião de 79% dos usuários ativos da internet), seguido pela apresentação de um benefício claro no anuncio (segundo 75% dos usuários). Segundo Bastos, a maior preocupação que deve ter é em não ser uma publicidade intrusiva. “Tem que ser oferecida do jeito certo, no momento certo, mas nunca tirando o objetivo principal da pessoa, que é jogar”, afirma o executivo.
 

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