A estratégia da Cinemark ante o avanço do streaming
Grupo americano, comandado por Marcelo Bertini, investe em segmentação
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Luiz Gustavo Pacete
22 de novembro de 2016 - 13h34
Marcelo Bertini (Arthur Nobre)
Se comparado com o atual momento econômico, o mercado de exibição vai bem. A arrecadação está próxima de fechar o ano nos mesmos patamares de 2015 quando foi registada uma renda de R$ 2,3 bilhões, alta de 20,1% em relação a 2014, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Apesar do êxito em termos de público, o aumento da concorrência gerado pelos serviços de on demand, como Netflix, trazem desafios complexos ao mercado. Segundo Marcelo Bertini, presidente da Cinemark Brasil, o cinema vive um processo de transformação motivado pela mudança de hábitos. “Vejo nosso modelo caminhando para ser um delivery de conteúdo, seja cinematográfico, corporativo ou ao vivo. ”
O executivo lembra que o parque cinematográfico brasileiro precisou ser construído do zero quando a rede chegou ao País, em 1997, e, atualmente, não perde para nenhum mercado em termos de tecnologia. Apesar da desaceleração na inauguração de complexos neste ano — foram apenas três, contra nove em 2015 —, Bertini acredita que o setor voltará a acelerar com a retomada de expansão dos shopping centers.
Sobre a concorrência pelo tempo dos consumidores, Bertini explica que existe um grande desafio também em relação à mudança nos hábitos do público. “A questão da seletividade não decorre somente do momento da crise. Discutimos muito o “share of wallet” que é a competição
pelo bolso do cliente. Há muito tempo, já estamos competindo pelo tempo do cliente. É o tempo do entretenimento. ”
Dentre os tipos de conteúdo que mais geram concorrência estão o de games e as séries. “A facilidade e a conveniência que existe hoje são muito diferentes daquele contexto em que a pessoa tinha que sair de casa para alugar um DVD. A preocupação é em como tirar a pessoa do conforto
do sofá para ir ao cinema”, diz Bertini.
Amazon movimenta concorrência
Para lidar com este cenário, o executivo explica que a Cinemark vem investindo em curadoria de conteúdo como exibir filmes clássicos da Disney aos finais de semana e também a exibição de outros tipos de conteúdo como transmissões ao vivo de esportes como Super Bowl e Champions League, além de shows como o de Luan Santana, realizado no início de novembro.
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