Assinar

Aberta a nova temporada de talk shows

Buscar
Publicidade
Mídia

Aberta a nova temporada de talk shows

Pedro Bial, Tatá Werneck e Gregório Duvivier estreiam suas versões do clássico formato americano


2 de maio de 2017 - 18h22

“Conversa com Bial” estreia dia 2 de maio à meia-noite e meia. (Crédito: Reprodução)

Nesta terça-feira, 2, o jornalista Pedro Bial assume o horário do antigo Programa do Jô, na TV Globo, para apresentar um novo talk-show. A proposta, segundo o apresentador, é debater temas atuais que muitas vezes não encontram meio-termo entre opiniões divergentes. O Conversa com Bial é lançado algumas semanas após a estreia de Tatá Werneck em seu Lady Night no Multishow, e antecede o Greg News, do também ator e comediante Gregório Duvivier, que estreia 5 de maio na HBO. Todos eles pertencem a uma categoria televisiva popular nos Estados Unidos e que vem ganhando cada vez mais formatos no Brasil: o talk-show. Entre diversos formatos já consagrados, têm nas grades do SBT e da Record seus representantes, com Danilo Gentilli (The Noite) e Fábio Porchat (Programa do Porchat).

Inspirado num modelo norte-americano surgido na década de 1950, o primeiro talk-show brasileiro foi o Bate-papo com Silveira Sampaio. Mas quem firmou mesmo o gênero no País foi Jô Soares, que ficou 27 anos no ar (11 no SBT e 16 na Globo), sem muitos concorrentes. Nos últimos sete anos que os talk-shows começaram a ganhar audiência e escala no Brasil.

Segundo Thell de Castro, diretor e fundador do site TV História e autor do livro Dicionário da Televisão Brasileira, há hoje nos EUA pelo menos um programa do tipo por canal, todos no mesmo horário. “É um formato fácil, não tem alto custo ou externas, como os demais programas típicos da televisão”, diz ele.

Tatá Werneck entrevista Bruna Marquezine no Lady Night (Crédito: Reprodução)

Comparados aos talk-shows dos anos 1990 e 2000, quando o padrão envolvia uma média de três convidados, às vezes pouco conhecidos do grande público, entrevistados num tom jornalístico, os novos modelos se reinventaram. Hoje, o humor toma conta e muitas vezes há só um entrevistado na noite — normalmente  uma figura pública –, que tem de entrar na brincadeira.

Também não basta copiar programas estrangeiros, já que uma fatia da audiência está pronta para apontar o dedo e criticar, nas redes sociais, tentativas de importação de quadros de astros como Jimmy Fallon, Stephen Colbert e Conan O’Brien. Tatá Werneck, por exemplo, vem apostando em formatos próprios, como o “Entrevista com o Especialista”, em que ela faz perguntas absurdas à profissionais de diferentes áreas.

Greg News estreia sexta-feira na HBO (Crédito: Rogério Resende/Divulgação)

Há muitas dúvidas sobre os programas que estreiam esta semana. Bial segue com a proposta de discutir polêmicas, como já vinha fazendo em outras atrações que comandou, como o Na Moral. “Ele vai herdar o público do Jô e eu não sei se nesse horário cabe debate”, diz Thell. Semelhante a ele, Gregório também trará notícias e discussão numa adaptação do programa Last Week Tonight with John Oliver, comentando as notícias da semana de acordo com sua opinião e a de convidados especiais na HBO.

Variedade de opções
Para o coordenador do curso de Rádio e TV da FAAP, Vagner Matrone, no talk-show é um ótimo formato para patrocinar, pois traz conteúdo em entrevistas que podem abordar desde cultura e entretenimento até educação e saúde, sem deixar de ser entretenimento.

Segundo ele, a variedade de formatos nos canais é uma vantagem para anunciantes. “Vai haver uma peneira natural, o público se adapta a cada apresentador e estilo de convidados”, argumenta Vagner.

Publicidade

Compartilhe

Veja também