Abril expande atuação como hub de serviços
Há cem dias à frente do grupo, Walter Longo anuncia a criação de um e-commerce e diz que a empresa passa a atuar como plataforma de soluções
Há cem dias à frente do grupo, Walter Longo anuncia a criação de um e-commerce e diz que a empresa passa a atuar como plataforma de soluções
Luiz Gustavo Pacete
13 de junho de 2016 - 14h30
Em seus mais de cinquenta anos, o Grupo Abril, que se especializou em mídia, gráfica e distribuição, esteve focado em oferecer serviços aos seus anunciantes. Tudo que estivesse fora dessa ordem, não seria exatamente uma prioridade. Porém, isso mudou. Desde que assumiu o comando do grupo, há cem dias, o publicitário Walter Longo se debruçou em buscar novas formas de gerar receita com a estrutura que a empresa já possui. O resultado está posto ao mercado. Longo identificou que interligadas, Abril Mídia, Abril Assinaturas, Abril Licensing, Total Express, Casa Cor e Abril Print possuem um grande potencial de serem uma plataforma para que marcas vendam seus produtos e não somente anunciem.
“O mundo publicitário cometeu um grande equívoco quando chamou determinado grupo de anunciantes. Isso deu a falsa impressão de que a função das pessoas era anunciar e não é essa a função das empresas. No fundo, o que a marca quer é desenvolver e vender produtos e é isso que queremos atender”, diz Walter ao Meio & Mensagem, em sua primeira entrevista no cargo, que está disponível na íntegra na edição 1714 desta semana.
Esse novo conceito da Abril já vem sendo aplicado. O exemplo mais recente foi o lançamento, em 18 de maio, da GoBox, serviço que pretende ser um marketplace de clubes de assinatura com parceiros comerciais para entregar periodicamente, na casa de consumidores interessados, caixas temáticas de produtos diversos, como vinhos, maquiagens, colecionáveis, fraldas etc. A expectativa é alcançar 200 mil assinaturas e faturar R$ 250 milhões em três anos.
O próximo passo é o lançamento, ainda no primeiro semestre, de um e-commerce na área de móveis e decoração. “Vamos lançar um e-commerce na área de móveis e decoração. Usando Casa Cor e Casa Claudia vamos começar a vender móveis em um site. A pessoa vê no catálogo da Casa Cor e na Casa Claudia qualquer produto editorial, e colocando o celular, vai comprar. Serão, inicialmente, mais de nove mil itens oferecidos”, diz Walter citando o site como a utilização completa de todas as potencialidades do Grupo Abril.
O executivo prepara a apresentação para o mercado do novo posicionamento da empresa em até 60 dias. “Será de colocar a Abril como indústria de conhecimento. Meu cliente terá a possibilidade de ter um pacote de comunicação completo. Uma campanha de publicidade seguida de e-mail marketing na qual vou falar com cada assinante e isso passa a ter muito valor dentro do ABD e do ABC, um profit center rentável que venha ajudar nessa adição”, diz Walter.
Na entrevista, o executivo também ressaltou que pensaria duas vezes antes de abrir mão de um título. No ano passado, a Abril Mídia se desfez de 17 títulos. “Na visão atual, antes de decidir por fechar um título, eu reduziria o custo de fazer e buscaria parcerias”, conclui Walter.
Veja a nova estrutura do Grupo Abril:
A íntegra desta reportagem está publicada na edição 1714, de 13 de junho, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versõesimpressa e para tablets iOS e Android.
Compartilhe
Veja também
Prime Video oficializa acordo com LFU e transmitirá Brasileirão
Plataforma exibirá um jogo por rodada em contrato que tem duração até 2029
Eletromidia e Globo: os termos do acordo bilionário da mídia brasileira
Valor de mercado da empresa de OOH pode beirar os R$ 5 bilhões, em negociação que reforça a aproximação dos grandes grupos de mídia as operações de publicidade em telas