Abril otimiza ocupação de sede em São Paulo
Após reestruturação, escritórios e redação são reorganizados e grupo ocupa menos andares de prédio
Após reestruturação, escritórios e redação são reorganizados e grupo ocupa menos andares de prédio
Meio & Mensagem
7 de janeiro de 2015 - 12h40
Especulações rondaram a internet sobre o destino do chamado Novo Edifício Abril (NEA), na Marginal Pinheiros, em São Paulo, que o grupo ocupa desde fins dos anos 1990, após a retirada do busto de Victor Civita do lobby de entrada. Para evitar boatos, a empresa divulgou uma circular interna para informar colaboradores sobre as mudanças em curso.
O prédio, alugado da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, ficou grande após as reestruturações dos últimos dois anos (veja mais abaixo). Com isso, a Abril já vinha transferindo áreas para seu edifício da Marginal Tietê, e tem promovido otimizações internas.
Para o antigo prédio foram, segundo o comunicado, “as áreas de apoio e back-office”, e o Departamento de Documentação (Dedoc) terá o mesmo destino. “Esse prédio (onde fica a gráfica) pertence à Abril e estava desocupado desde a mudança da Abril Educação para o NEA”, diz o comunicado.
Com tais mudanças, a Abril não renovou o contrato de locação de alguns dos andares do NEA e vai concentrar suas atividades na Torre Alta, do 13º ao 26º andares. Também permanecem com o grupo o 8º andar, o terraço, o auditório e o mezanino, para onde foi transferido o busto do fundador. Os serviços comuns que estão no térreo, como restaurante e lavanderia, permanecerão e deverão também atender aos novos condôminos.
Reestruturação
Desde maio de 2013, quando morreu Roberto Civita, filho do fundador e presidente do conselho administrativo da Abril, o grupo vem atravessando diversas reformulações. Entre as mais marcantes estiveram o fechamento de revistas como Alfa, Bravo, Lola, Gloss; o fim da versão impressa da Info; o encerramento do portal Club Alfa; o fim do contrato de licenciamento da MTV com a Viacom; a venda do espólio da emissora ao Grupo Spring; e a transferência de títulos a outras editoras, como Aventuras na História, Bons Fluídos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Runner’s World, Sou+Eu, Vida Simples e Viva Mais.
No período, deixaram o grupo jornalistas e executivos importantes, como Angelo Derenze, Brenda Fucuta, Cláudia Vassalo, Cláudio Ferreira, Demetrius Paparounis, Helena Bagnoli, Jairo Mendes Leal, Kaike Nanne, Manoel Lemos, Sérgio Amaral, Sérgio Berezovsky e Thais Chede. Nesse processo, centenas de funcionários deixaram a Abril.
Em compensação, Alexandre Caldini voltou à empresa como presidente da Editora Abril e foram contratados nomes como Ann Williams, Ivanilda Gadioli, Rogério Gabriel Comprido, Ricardo Packness e Rodrigo Baer. Na ala das boas notícias, a editora se tornou a casa brasileira do Huffington Post e o grupo lançou uma aceleradora de startups, a Plug and Play.
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