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Apenas 17% dos pais usam ferramentas para monitorar filhos na internet

Pesquisa encomendada pelo Google à Nielsen mostra que ainda falta conhecimento a respeito do uso de tecnologia para controle parental


17 de agosto de 2023 - 10h00

pais monitoram filhos internet

(Crédito: GuruXOX/Shutterstock)

Apesar de se preocuparam com o tipo de conteúdo a que crianças e adolescentes têm acesso ao usarem a internet, são poucos os pais que recorrem a ferramentas tecnológicas para monitorar a navegação dos filhos.

Esse é um dos principais revelados por uma pesquisa encomendada pelo Google à Nielsen, cujos dados foram apresentados nesta quinta-feira, 17, no evento “Mais Seguro com o Google”, realizado na sede da big tech, em São Paulo.

Por meio desse estudo, que ouviu 1820 pais brasileiros, com filhos de 5 a 17 anos, o Google e a Nielsen pretendiam ter um panorama tanto da forma como as crianças e adolescentes navegam como das medidas que pais e responsáveis adotam para proteger os filhos de conteúdos nocivos, assédio e outros tipos de crimes ou fraudes online.

Pais supervisionam os filhos na internet

Uma das percepções mostradas na pesquisa é que a maior parte dos pais diz que monitora e supervisiona o uso de internet dos filhos.

Segundo o estudo da Nielsen, 60% dos pais participantes da pesquisa dizem que supervisionam o uso de internet das crianças e adolescentes o tempo todo. Já 36% desses adultos disseram que a fazem a supervisão em alguns momentos. Apenas 4% responderam que não monitoram o uso de internet dos filhos.

Apesar dessa preocupação em cuidar dos conteúdos a que os filhos têm acesso e as interações que fazem no ambiente digital, são poucos os pais que usam tecnologia para essa tarefa.

Entre os entrevistados, apenas 17% afirmaram que uso alguma ferramenta online de controle parental.

O modo mais tradicional de monitoramento utilizado pelos pais brasileiros ainda é a observação: 42% dos entrevistados disseram que controlam a navegação dos filhos observando as telas dos computadores e acompanhando de perto sua utilização de smartphones.

Além disso, 21% dos entrevistados disseram que a forma de controlar os filhos é por meio da observação do histórico de navegação enquanto 6% colocam senha para bloquear o acesso a aparelhos.

Tecnologia como aliada ao controle parental

De acordo com Nathalia Guimarães, especialista em measurement da Nielsen, e uma das responsáveis pela pesquisa, o monitoramento mostrou que existe uma grande tendência de que esse controle de observação, por parte dos pais, vá diminuído conforme as crianças vão crescendo.

“De modo geral, observamos que, quando as crianças completam dez anos, é um momento em que elas passam a ter mais autonomia e o monitoramento dos pais começa a diminuir e tende a ser ainda menor conforme a idade avança”, explicou Nathalia.

Diante dessa constatação, o Google vê a oportunidade de difundir, entre o público, suas ferramentas de conteúdo direcionadas a crianças e adolescentes, bem como os recursos de controle parental, como o Google Family Link.

“Se os pais e mães não contam com algum tipo de tecnologia para auxiliar no processo de monitoramento fica muito difícil porque, a medida em que as crianças e adolescentes crescem, a supervisão baseada na presença física passa a ser inviável”, completou, Bruno Diniz, engenheiro responsável pela área de crianças e famílias do Google.

Uso de internet por crianças e adolescentes

O estudo mapeou, ainda, que a conexão das crianças e adolescentes com as plataformas digitais é cada vez maior. De acordo com a pesquisa, 78% dos pais entrevistados afirmaram que os filhos têm seus próprios celulares. Esse índice é maior na região Sudeste (82%) e menor na região Norte do País (69%).

O dispositivo mais utilizado por crianças e adolescentes para acessarem a internet é o celular (usados por 93%). O computador é utilizado por 54% das crianças e adolescentes, enquanto o acesso pelas TVs conectadas já é feito por 40% do grupo de 5 a 17 anos de idade.

A Nielsen também procurou mapear o tempo de uso da internet das crianças e adolescentes. A maioria das crianças brasileiras (34%) fica online de uma a duas horas por dia, enquanto os adolescentes (13 a 17 anos) ficam online, em média, três horas por dia ou mais.

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