As dificuldades e perspectivas da reabertura dos cinemas
Com campanha e readequação dos espaços e ambientes, setor se prepara para desafio de atrair o público novamente para as salas
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Bárbara Sacchitiello
16 de julho de 2020 - 12h00
No ano passado, mais de 176 milhões de ingressos de cinema foram vendidos no Brasil. Esse público, 7,6% maior ao registrado em 2018, animou o setor para a temporada de 2020, quando diversos blockbusters estavam na agenda de lançamentos e prometiam levar um grande volume de pessoas para as salas de exibição. Desde março, no entanto, a pandemia da Covid-19 apagou as luzes e a esperança do segmento, um dos mais afetados pela paralisação econômica imposta pela emergência sanitária.
Embora o horizonte já mostre uma perspectiva de retomada das atividades – a Prefeitura de São Paulo, por exemplo, estabeleceu um cronograma de retorno das atividades culturais a partir do fim de julho – as empresas da cadeia de cinema reconhecem que o roteiro da frequência do público nas salas será bem diferente de antes. A necessidade de tentar minimizar os prejuízos uniu, pela primeira vez, exibidores, distribuidores, produtores e parceiros da indústria em um projeto de cooperação e conscientização para a retomada gradual das atividades.
Denominado #JuntosPeloCinema, o projeto, anunciado na semana passada, foi desenhado por profissionais de diversas empresas do segmento e conta com mediação da Flix Media. A mobilização tem duas frentes de atuação: auxiliar as empresas a se adequarem às novas regras de higienização necessárias para a reabertura e incentivar a reocupação das salas por parte do público.Essa primeira fase visa tocar o agente crucial na sobrevivência da indústria: o público. Um filme publicitário, criado pela produtora La Unión, procura reforçar a conexão das pessoas com as salas de cinemas, na tentativa de estimular o resgate o hábito de lazer. Veja:
Novas cenas
A segunda fase da campanha envolve a adequação das salas e complexos às novas medidas de distanciamento social e de higienização exigidas pelas autoridades – e sua consequente comunicação ao público espectador. “Desenvolvemos diversas sinalizações e mídias que vão orientar nosso público desde antes da reabertura e ensiná-lo a como agir desde o momento da compra do ingresso até a saída do cinema. Tudo de forma simples e didática. Nossos cinemas também vêm sendo cuidadosamente higienizados e sanitizados e estamos instalando novos equipamentos para ajudar os espectadores a manterem suas mãos sempre limpas, como dispensadores de sabão, lixeiras com acionamento por pedal e totens de álcool em gel”, lista Patrícia Cotta, representante do movimento #JuntosPeloCinema.
Essa adequação às novas normas, obviamente, trará um custo adicional a um setor que já sofre as consequências de quase quatro meses de inatividade. “Certamente a adequação trará mais custos, uma vez que o rigor de limpeza e sinalização serão maiores. O que o movimento ajudou foi a estabelecer padrões e criar materiais alinhados com as normas definidas pelos órgãos responsáveis para facilitar e baratear a retomada das grandes redes e cinemas independentes, em especial dando apoio aos pequenos” revela Adriana.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim do mês pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo, onde é possível consultar ainda todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.
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