Base menor gera mais engajamento nos Stories
Estudo da Squid apontou que influenciadores com até 30 mil seguidores são os que mais engajam os usuários na ferramenta do Instagram
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Taís Farias
24 de setembro de 2019 - 6h46
Influenciadores com base de fãs entre cinco e 30 mil usuários são os que mais engajam nos stories do Instagram. Eles alcançam 14% mais participação do que perfis com mais de cem mil usuários. O dado é resultado do levantamento realizado pela empresa de marketing digital Squid sobre o engajamento do público na ferramenta de fotos e vídeos do Instagram.
Para realizar a pesquisa, a empresa avaliou os stories de sua base de 18 mil influenciadores. Ao todo, foram registrados mais de 2 milhões de stories por mês. Os criadores foram categorizados em: Specialist, base de 5 a 30 mil seguidores; Engager, entre 30 e 60 mil seguidores; Amplifier, de 60 até 100 mil seguidores; e Broadcaster com mais de 100 mil seguidores.
O Specialist é a categoria que mais alcança engajamento com a ferramenta. São cerca de 14% a mais com relação ao Broadcaster e 17%, na comparação com os criadores indicados como Amplifiers. Para Isabela Ventura, CEO da Squid, os números já eram esperados. Ela explica que uma base menor de seguidores facilita a interação com os usuários. “Nós acreditamos que quanto menor a comunidade do influenciador, mais ele consegue ser próximo do público”, conta.
A pesquisa apontou que não existe uma relação direta entre a quantidade de stories publicados e o engajamento dos usuários. Os influenciadores com mais de cem mil seguidores costumam publicar 15% mais stories do que as outras categorias de criadores. Apesar disso, sua taxa de engajamento é de 4,14%. Número menor que o apresentado por influenciadores com até 60 mil seguidores.
O estudo também revelou insights sobre a permanência dos usuários em uma sequência de stories. O levantamento registrou uma queda na taxa média de engajamento de até 30% a partir da quarta lâmina. Já a taxa de saída, quando o usuário abandona o conteúdo do perfil, tem um pico entre o primeiro e e o segundo story e segue diminuindo até a sexto. Esse movimento indica que os usuários que são captados pelo conteúdo dos dois primeiros stories dificilmente abandonam a publicação, segundo a empresa. Para Isabela, o pico de atenção é uma oportunidade para estabelecer a comunicação com o usuário. “A mensagem base da conversa precisa estar ali”, ressalta.
O maior de volume publicações na ferramenta acontece às segundas e terças-feiras, no período da noite, entre 18h e 21h. Do lado dos consumidores, as taxas de visualização têm pico em cinco momentos do dia. O primeiro, acontece às 8h, horário em que boa parte do público começa a se deslocar. Os períodos que antecedem e dão sequência ao almoço também chamam atenção, com pico às 11h e às 14h. A volta dos usuários para casa gera aumento nas impressões às 17h e o horário campeão de visualizações se dá às 23h.
As imagens têm uma média de 25% mais engajamento do que os vídeos na ferramenta, de acordo com o estudo. Apesar do número, a companhia explica que a métrica precisa ser avaliada em conjunto com o comportamento dos usuários. O maior tempo gasto no consumo de imagens pode indicar que o conteúdo foi efetivo, em alguns casos. Mas também pode ser indício de que o tempo do story foi insuficiente para comunicar a mensagem desejada.
De acordo com Isabela, os vídeos são responsáveis por criar uma conversa orgânica com os usuários e são tendência na plataforma, que deve se basear menos na estética das imagens e mais no dia a dia dos criadores para o futuro.
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