Brasileiros criam rede social com foco nos esportes
Sportidia chega ao mercado em três línguas, português, inglês e espanhol, com o objetivo de aproximar as pessoas através da prática de atividades físicas
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Amanda Schnaider
26 de maio de 2022 - 6h00
Dois brasileiros e esportistas, Christian Kittler e Nico Torteli, lançam nesta quinta-feira, 26, uma rede social com foco somente na prática esportiva. O Sportidia chega ao mundo inteiro em três idiomas, português, inglês e espanhol, para incentivar uma vida mais ativa, facilitar o acesso e popularizar 150 modalidades esportivas.
O esporte faz parte da vida tanto de Kittler quanto de Torteli e foi justamente isso que os uniu para criar a Sportidia. “Constatamos que um dos maiores conectores sociais do mundo são os esportes”, explica Kittler, reforçando que não existia uma rede social que falasse somente de esporte. “Uma coisa ligou na outra, a nossa paixão pelo esporte e esse vácuo de ter uma rede que só fale de esportes”.
Com sede em San Diego, o Sportidia levantou R$ 2,3 milhões em sua primeira rodada de investimento, tendo a MSSantini como sua principal parceira. “Estamos com investidores no Brasil, Estados Unidos e Suíça. Consideramos esses os nossos investidores anjos”, revela Torteli. O montante tem sido empregado no desenvolvimento do aplicativo e de suas funcionalidades, além da contratação de colaboradores, que hoje formam um time de 12 pessoas responsáveis pelas áreas de TI, Produtos, Operações, Financeiro, Marketing e Comercial. “Com o lançamento estamos iniciando uma próxima rodada de investimento”, comenta Torteli.
O aplicativo foi desenvolvido com base em dois pilares. O primeiro é a função social, de conectar usuários que tenham interesses em comum, com o intuito de fortalecer a ideia de comunidade e servir como estímulo para a descoberta de novas práticas esportivas e hobbies. O segundo gira em torno das atividades que, por meio dos filtros e configurações definidas pelo usuário, reúne informações sobre o esporte de interesse, além de cronogramas de eventos, treinos e locais onde é possível praticá-lo em diferentes regiões.
Segundo Torteli, o Sportidia tem um “quê” de Tinder, porque une pessoas que gostam da mesma prática esportiva. “A conexão do esporte acreditamos muito que é um próximo passo nesse mundo de redes sociais”. Os fundadores do aplicativo, inclusive, chamam os usuários da rede de “Sportidians” para criar essa sensação de comunidade e pertencimento. “Estamos evoluindo conforme o aplicativo, mas trazendo soluções legais e técnicas para garantir que estamos protegendo o usuário e criando uma boa experiência para a prática do esporte dentro de uma comunidade”, enfatiza.
O modelo publicitário é a primeira linha de receita da plataforma. “Ficamos muito animados com a primeira percepção do mercado em relação à plataforma”, comenta Kittler. Até o momento, a rede social já tem Hoka One One, Z2 e Corporate Run como marcas parceiras. Os fundadores do Sportidian estão otimistas para a adesão da nova rede social. No primeiro mês a rede espera ter cinco mil usuários cadastrados no aplicativo e mil pessoas diariamente criando conteúdos e atividades na plataforma.
Para fomentar esse modelo o Sportidia adotou uma estratégia para gerar impacto e ampliar rapidamente seu número de usuários por meio de uma rede de embaixadores. Além de atuarem como criadores de conteúdo, os embaixadores utilizarão a plataforma como uma ferramenta para alavancar e popularizar suas modalidades no Brasil e no mundo. Mais de 30 embaixadores já estão no time, dentre eles, Jadel Gregório, do atletismo, Heitor Shimbo da esgrima e Alberto Klar, da natação. “Eles vão nos ajudar a construir cada uma das modalidades da plataforma”, ressalta Kittler.
Os fundadores
Ambos fundadores têm experiência no ecossistema de startups e nos esportes. Triatleta com dez participações em provas do Ironman e três vezes no mundial do Hawaii, Kittler tem formação em administração e marketing e é fundador da 7Sherpas, agência de viagens customizadas para esportistas, e do grupo Ativo.com, comunidade esportiva. Já Torteli, nadador que disputou os Jogos Olímpicos de 1988 em Seul, é formado em engenharia e já atuou como vice-presidente do Credit Suisse no Brasil, além de ter fundado as fintechs Conductor, Paggo e Freeddom, especializadas em soluções para pagamentos eletrônicos.
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