Brunch e Youpix mapeiam relação entre creators, marcas e redes
Creators apontam Instagram como principal e mais rentável plataforma; criação de conteúdo aparece como fonte de renda para 32%
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Renan Honorato
30 de outubro de 2024 - 6h03
A Brunch se uniu ao Youpix para mapear a creator economy no Brasil. A pesquisa investigou como os criadores de conteúdo se relacionam com as marcas a partir de oportunidades de negócios. De saúde mental à economia familiar, o levantamento concentrou as principais descobertas sobre o segmento a partir de 370 repostas dos influenciadores de diferentes regiões.
O perfil do criador de conteúdo é composto, sobretudo, por sudestinos (66% de 370 respondentes) que moram em São Paulo (49%). Com maioria composta por héteros (69%), brancos (63%) e mulheres (70%), a plataforma preferida dos criadores de conteúdo ainda é o Instagram, com 81% das preferências. De fato, ao longos dos três últimos anos, a rede social se consolidou como a favorita dos creators: em 2022 foi a preferida de 59% e, em 2023, de 75%.
No comparativo, o TikTok perdeu a relevância para os criadores de conteúdo nos últimos anos. De fato, a rede social caiu de 12%, aproximadamente, para 5%. Apesar de o YouTube ter sido uma das principais plataformas de conteúdo, caiu de 12%, em 2022, para 7% este ano. Além disso, os creators que acumulam entre mil a 50 mil seguidores lideram mais da metade do mercado de influência, correspondendo à 56,64% do total.
A criação de conteúdo para as redes sociais têm se concentrado em temas relacionados ao lifestyle, como bem-estar e moda. Além disso, os segmentos de comunicação, marketing e design aparecem em terceiro lugar nos nichos de atuação dos influenciadores.
Outro aspecto registrado pela pesquisa foi o modelo de negócios adotado pelos criadores de conteúdo. Quase 70% trabalham com a publicidade das marcas e o pagamento da plataforma. Cerca de 31% se consideram criador de conteúdo e empreendedor, que tem algum produto físico ou virtual. Já 27% se mostram como especialista de conteúdo e trabalham com palestras e outras formas de treinamento. Além disso, pouco mais de 19% tem como fonte de renda o apadrinhamento da comunidade ou financiamento coletivo.
A criação da conteúdo aparece como a principal fonte de renda dos criadores de conteúdo (32%). Porém, 24% também tem um trabalho fixo e utiliza a criação de conteúdo como complemento à renda. Em 2023, 37,8% viviam da criação. Além disso, quase 60% dos entrevistados estão na faixa de renda de R$ 2.001 a R$ 10 mil.
Coincidentemente, o Instagram aparece como principal plataforma em que os creators fecham negócios. Contudo, o Tiktok aparece como perpectiva melhor de viralização e faturamento para quem fatura menos. Já para quem fatura mais, o YouTube é uma plataforma que apresenta modelo clássico de pagamento, seja por anúncio ou publicidade direta com as marcas.
De acordo com a pesquisa, os três fatores que mais impactam o trabalho dos creators com as marcas são a falta de feedback, a relação entre seguidores e orçamento e os trâmites de pagamento.
Outro fato relevante apresentado na pesquisa é que uma em cada quatro marcas pedem aos criadores para não avisarem que o conteúdo é uma publicidade paga. Apesar disso, o índice diminiuiu entre 2023 e 2024, saindo de 37% para 24%. Porém, o levantamento aponta que os criadores não têm sinalizado com tanta enfase que o conteúdo é uma publi por medo de perder o engajamento nas redes sociais e abalar a relação com os anunciantes.
Em 2023, o número de criadores de conteúdo agenciados era de 74%, entretanto, esse percentual caiu em 1% em 2024. De fato, três em cada quatro creators trabalham com agências ou agentes. Outro caminho que os criadores tem trilhado para alcançar as marcas que querem trabalhar é via marcação nas redes sociais, comparecimento a eventos e reuniões com as marcas.
De acordo com a Brunch e o Youpix, 64% dos entrevistados já se sentiram sobrecarregados ou tiveram burnout nos últimos 12 meses. Nesses casos, 22% dos creators resolveram pausar a criação de conteúdo e 17% repensaram a carreira nas redes sociais. Além disso, 53% dos entrevistados entendem que o mercado de criação de conteúdo não é um espaço inclusivo.
É fato que as redes sociais sejam espaços em que o discurso negativo e o preconceito se manifestam. De fato, 48,51% dos respondentes já receberam algum tipo de discurso de ódio e, desses, 19,55% foram machistas ou sexistas. As mulheres são o principal alvo dos discursos de ódio mesmo que sejam a maioria na criação de conteúdo. Outros preconceitos que se manifestam são a intolerância política, com 13,97%, racismo, com 11,17%, e LGBTfobia, com 11,73%.
T3 I EP 4: Como criar no TikTok
T3 I EP2: Como criar no Instagram
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