Cade autoriza fusão da Disney mesmo sem venda do Fox Sports
Grupo compromete-se a manter o canal no ar até janeiro de 2022; após esse período, Disney pode voltar a tentar vender os direitos da marca
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Meio & Mensagem
6 de maio de 2020 - 13h29
Em sessão realizada na manhã desta quarta-feira, 6, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) finalmente aprovou a compra da Twenty-First Century Fox pela The Walt Disney Company, no Brasil. A análise do caso vinha se desenrolando há mais de um ano e tinha como principal entrave a coexistência de dois canais esportivos no mesmo grupo, o que, na visão do Cade, poderia acarretar em problemas concorrenciais e de concentração de mercado: o Fox Sports, da Fox, e a ESPN, de propriedade da Disney.
Em fevereiro do ano passado, o Cade já havia autorizado a fusão das companhias de mídia desde que a Disney vendesse o canal Fox Sports. O grupo chegou a tentar negociar com possível interessados, mas nada foi concluído. Dessa forma, em nova análise realizada pelo Cade nesta semana, relatores reconheceram os esforços da Disney em cumprir a determinação do acordo anterior, mas argumentaram que, por razões de negócios – e também pela pandemia do novo coronavírus -, não foi possível dar continuidade e nem concluir o negócio.Ainda que a autorização para a fusão tenha sido dada, a Disney ainda terá de cumprir alguns compromissos para evitar problemas concorrenciais. De acordo com o Cade, a companhia se compromete em manter a programação da Fox Sports – e seus respectivos direitos de transmissão – no ar até janeiro de 2022. Durante esse período, a companhia compromete-se a manter no canal as transmissões da Libertadores da América e de outros torneios que façam parte da grade da emissora esportiva.
A partir do início de 2022, a Disney fica liberada para voltar a negociar a marca Fox Sports no mercado. A partir daí, também, a companhia também poderá transferir os torneios e competições exibidas pelo canal a outras emissoras do grupo.
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