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Mídia

Cresce consumo de notícias via apps de mensagens

Conteúdo noticioso em mídias sociais, no entanto, parou de crescer, segundo estudo do Reuters Institute; veja o infográfico


6 de julho de 2017 - 9h52

Com exceção dos Estados Unidos e Reino Unido, o crescimento no uso de mídias sociais para notícias estabilizou. Seja pela saturação do mercado, pelas mudanças nos algoritmos do Facebook em 2016 — que priorizou conteúdo produzido por publishers reconhecidos e profissionais –, ou pelo maior tempo dos usuários em aplicativos de mensagens, a maioria dos países teve queda no consumo de informações jornalísticas por meio de redes sociais. Este dado é do relatório Reuters Institute News Digital 2017, realizado pela YouGov e encomendado pelo Instituto Reuters, com o objetivo de compreender o consumo de notícias em 36 mercados. Junto de pesquisas qualitativas, o estudo se baseou em questionário online, com mais de 70 mil pessoas, feito de janeiro ao início de fevereiro deste 2017.

O estudo constatou que 23% dos respondentes encontram, compartilham e discutem notícias, por meio de aplicativos de mensagens. Neste ano, o uso de WhatsApp para informações jornalísticas saltou para 15%. No Brasil, o consumo de notícias por este aplicativo cresceu 7%. A maior parte do uso de mensagens para notícias está acontecendo na Ásia e América Latina. Para o Instituto Reuters, isto se dá porque as mensagens privadas permitem que os usuários compartilhem sem medo de constrangimento, são gratuitas e oferecem criptografia.

O compartilhamento de notícias gera cada vez mais algoritmos, responsáveis por decidir o tipo de informações jornalísticas que todos veem em seus feeds. A proporção de comentários sobre as notícias, tanto nas redes sociais quanto nos sites das organizações, é alta nos países latino-americanos como Chile (44%) e baixa no Japão (8%). A análise de Brasil do relatório Reuters Institute News Digital 2017 mostra que as emissoras de televisão dominam o ambiente de mídia brasileira. Mais de 97% das famílias possuem um aparelho de TV, mas em 2015 apenas uma em cada duas casas estava conectada à internet. No entanto, as plataformas online já são a principal fonte de informação para pessoas, em áreas urbanas, especialmente aquelas com maior renda e níveis mais elevados de educação.

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