Cenp-Meios: compra de mídia cai 22% no primeiro trimestre
Dados refletem primeiros impactos da crise econômica provocada pela Covid-19 nos investimentos dos anunciantes brasileiros e afetam todos os oito meios aferidos
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Alexandre Zaghi Lemos
4 de junho de 2020 - 15h10
Sem considerar a inflação, a compra de mídia monitorada pelo Cenp-Meios caiu 22,3% no primeiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve uma pequena queda na base de agências que remetem informações ao levantamento, de 214 empresas no primeiro trimestre de 2019 para 209 empresas no período de janeiro a março de 2020.
Os dados, divulgados nesta quinta-feira, dia 4, pelo Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), refletem os primeiros impactos da crise econômica provocada pela Covid-19 nos investimentos dos anunciantes brasileiros. O montante aferido pelo Cenp-Meios caiu de R$ 3,8 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Esse valor não representa o total do bolo publicitário brasileiro, pois inclui a movimentação financeira destinada à veiculação de publicidade que passa pelas 209 agências certificadas pelo Cenp e participantes do projeto.
Todos os oito meios monitorados apresentaram quedas nas comparações dos primeiros trimestres de 2019 com 2020: Jornal (-41%), TV por assinatura (-30,3%), Internet (-29,6%), Revista (-26,4%), OOH (-23,9%), Rádio (-20,4%), TV aberta (-17,7%) e Cinema (-12,9%).
Em termos de share, a participação da TV aberta cresceu de 54,7% para 57,9% do bolo. Já a internet caiu de 19,1% para 17,3%. A mídia OOH oscilou de 11,4% para 11,2% do total.
Veja na tabela abaixo a divisão das verbas por meio:
O Cenp-Meios também desmembra o investimento de internet em cinco diferentes categorias: áudio, vídeo, busca, social e display/outros. Veja como ficou a distribuição das verbas publicitárias de internet no primeiro trimestre de 2020:
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