CEO do Telegram é detido na França
Pavel Durov foi detido em um aeroporto francês no último sábado, 24; autoridades alegam falta de moderação no aplicativo de mensagens
Pavel Durov foi detido em um aeroporto francês no último sábado, 24; autoridades alegam falta de moderação no aplicativo de mensagens
Meio & Mensagem
26 de agosto de 2024 - 9h23
Pavel Durov, CEO do aplicativo Telegram, foi detido pelas autoridades francesas em um aeroporto nos arredores de Paris no último sábado, 24, conforme apontou a emissora TF1.
Pavel Drurov, CEO do Telegram (Crédito: Steve Jennings/Getty-images)
O CEO já era alvo de um mandado de busca e investigado pela justiça da França. Órgãos alegam que o aplicativo teria sido ineficiente nos esforços de moderação de conteúdo, fazendo com que a plataforma fosse cúmplice de atividades criminosas dentro do app, como tráfico de drogas e crimes contra crianças.
Fundado em 2013 por Durov, o Telegram conta com hoje mais de 900 milhões de usuários e tem sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Tido como uma referência em liberdade de expressão, o aplicativo está na mira de agências de segurança internacional por permitir que grupos extremistas, traficantes e outros o utilizem para comunicação, recrutamento e organização, conforme aponta o The New York Times.
Em um comunicado emitido no domingo, 25, o Telegram apontou que cumpre as leis da União Europeia, incluindo o Ato de Serviços Digitais. De acordo com a nota, Pavel Durov não tem nada a esconder, e que é “absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma”.
Em 2018, a Rússia baniu o Telegram do país após o CEO ter recusado fornecer acesso ao conteúdo dos usuários ao governo russo, mas a decisão foi revertida três anos depois.
No Brasil, o app chegou a ser suspenso em 2023, por determinação da Justiça Federal do Espírito Santo.
A decisão foi tomada após a entrega de dados parciais da empresa relacionadas ao administrador de um grupo neonazista no app suspeitos do envolvimento em casos de ataque a escolas, como ocorreu em novembro de 2022 em Aracruz, no Espírito Santo.
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