ChatGPT faz um ano: o que mudou na inteligência artificial
Ferramenta da OpenAI revolucionou o cenário da tecnologia, acelerou corrida pela IA e protagonizou polêmicas
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Giovana Oréfice
30 de novembro de 2023 - 13h02
O ChatGPT, da OpenAI, foi lançado há um ano e revolucionou a inteligência artificial em todo o mundo. O chatbot foi um dos responsáveis por acirrar a corrida pelas melhores e mais poderosas ferramentas de IA e foi objeto de discussões na mídia e em diversos eventos, como o South by Southwest.
Em formato de diálogo, a tecnologia responde a perguntas de usuários com base em milhões de dados da Internet. Entre suas entregas, estão a geração rascunhos de e-mail, sugestões de códigos, poemas e textos acadêmicos, por exemplo. No âmbito do marketing, profissionais já incorporaram o ChatGPT em sua rotina, conforme indica pesquisa da RD Station.
A OpenAI, startup de pesquisa de aprendizado de máquina fundada por nomes como Sam Altman e Elon Musk, foi a responsável por criar a solução. Apesar de ter participado da fundação, o CEO da Tesla deixou a empresa em 2015. Já em 2019, a Microsoft investiu US$ 1 bilhão na startup. Neste ano, a gigante da tecnologia de Bill Gates fechou acordo bilionário com a empresa de Sam Altman para incorporar a IA ao Bing.
Movido pelo avanço da IA – que teve o ChatGPT como um dos precursores da popularização da tecnologia – Musk anunciou recentemente que sua empresa, xAI, deverá lançar seu primeiro modelo proprietário de IA.
Além dele, big techs também entraram na corrida. Para concorrer com o ChatGPT, o Google lançou o Bard. Agora, a empresa vem adicionando e integrando diversas funções à sua ferramenta de IA. Já a Amazon apresentou nesta semana a “Amazon Q”, uma IA generativa voltada para o ambiente de trabalho. A ferramenta está em fase de pré-lançamento e a Amazon deverá lançá-la na AWS em breve.
Apesar dos seus benefícios para estudos, trabalho, dia a dia e outros, o ChatGPT incitou e passou por diversas polêmicas e debates. Em março, a ferramenta foi banida temporariamente da Itália. À época, o órgão regulador de privacidade do país alegou que a sua detentora, a OpenAI, estaria coletando dados pessoais da população de forma ilegal.
No mesmo mês, bilionários e especialistas em tecnologia assinaram uma carta pedindo uma pausa em pesquisas sobre IA. O documento, assinado por nomes como Elon Musk e Steve Wozniak, pedia transparência e alegava que a tecnologia trazia riscos para a sociedade e civilização.
Na segunda metade de novembro, Sam Altman foi demitido do cargo de CEO. A decisão ocorreu após um processo de “revisão deliberativa” que concluiu que o executivo não havia sido transparente em suas comunicações com o board. Com a movimentação, o ex-líder da Twitch, Emmett Shear, assumiu o posto.
Contudo, cinco dias depois, Altman retornou à empresa. Anteriormente, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, havia recrutado o fundador da OpenAI para iniciar um grupo de pesquisa interna sobre IA. Apesar disso, Nadella trabalhou com outros investidores para reverter a demissão de Altman.
Agora, a Microsoft assumiu uma cadeira no conselho da startup. Até o momento, sabe-se que a big tech atuará como observadora sem direito a voto.
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