Cinema nas férias: oportunidades para as marcas
Período de efervescência nas bilheterias abre espaço para ativações diversas
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Renato Rogenski
17 de janeiro de 2019 - 6h00
Luz, câmera e negócios. A telona no Brasil contou com 163,4 milhões de ingressos vendidos e arrecadou R$ 2,4 bilhões com bilheteria em 2018, de acordo com a Comscore. Para 2019, as perspectivas são ainda melhores, de acordo com as duas maiores empresas de comercialização de mídia nos cinemas, a Flix Media e a Preshow. A expectativa é que o segmento ultrapasse, pela primeira vez, a marca de 200 milhões de ingressos neste ano.
Por sua concentração no lançamentos de blockbusters, o período de férias escolares costuma ser o de maior efervescência para esse mercado. Apenas neste mês de janeiro, por exemplo, são esperados mais de 12,5 milhões de espectadores nas mais de 1800 salas onde a Flix Media está presente.
Tempo de oportunidades
Naturalmente, se há cinema cheio, o interesse das marcas no espaço também aumenta. “Percebemos nos últimos anos que os dois períodos de ‘férias’, tanto janeiro quanto julho, têm gerado um crescimento importante para a empresa, em torno de 25%”, afirma Vinícius Sanfilippo, diretor de planejamento da Flix Media. Em sua visão, a própria evolução da profissionalização na entrega para os anunciantes tem contribuído com um cenário mais positivo. “Como conseguimos ter uma métrica clara do número de pessoas impactadas, por meio do report da ComScore (que mede o número de pessoas por sala), os anunciantes ficam confortáveis em utilizar cinema como solução importante para o plano de mídia”, diz.
Menu de estreias
Para Adriano Pereira, diretor comercial da Preshow, o vasto cardápio de estreias também deve favorecer um ano frutífero. “É um período importante, pois a indústria oferece muitos lançamentos voltados para o público infantil e infanto-juvenil. Agora em janeiro temos lançamentos fortes como WiFi Ralph, Dragon Ball e Como Treinar seu Dragão 3 chegando aos cinemas atrás deste público. Já para as férias do meio do ano temos títulos excelentes previstos, como Rei Leão, Homem Aranha, MIB, entre outros”, explica.
Público-alvo
A analisar o cinema como opção de mídia, os executivos acreditam que um de seus trunfos é a possibilidade de definir o público que será impactado não apenas por geolocalização, mas também pelo conteúdo que será exibido. Neste cenário, Sanfilippo lembra que, além da invasão infanto-juvenil nos cinemas nesta época do ano, é natural enxergar também o “target família”. “Não podemos esquecer também que janeiro é a temporada do Oscar, o que traz aos cinemas um perfil de público que busca filmes mais ‘sofisticados’”, alerta.
Diversas opções
Além dos atributos já citados, os profissionais do meio defendem o cinema como uma plataforma de comunicação com diversas qualidades exclusivas. “Uma delas é o fator de atenção, que tem uma clara proposta de valor já absorvida pelas marcas, já que conseguimos entregar viewability de 100% dos comerciais em vídeo. Outra coisa: o ‘momento positivo’ em que as pessoas estão quando consomem cinema faz com que a experiência se torne propícia para interação com ações diversas”, pontua Sanfilippo. “A grande oportunidade é poder entrar massivamente em cinema com diversas campanhas, pois o meio ganhou agilidade e competitividade com a digitalização. O que antes era difícil e de custo alto hoje é muito simples e muito competitivo para compra maciça”, diz Pereira.
O rei “Telão”
O diretor comercial da Preshow também ressalta que são muitas as possibilidades para ativação em mídia no cinema, e que tudo depende do objetivo de cada cliente. Algumas ações são recorrentes, como ambientação de sala, adesivos de piso no hall, envelopamento das colunas dos cinemas, demonstração de produtos, o verso do ticket e os organizadores de filas. Porém, na visão do executivo, o carro chefe, e que efetivamente entrega audiência em volume é a mídia em tela. “Uma ação em uma sala atingirá apenas o público daquela sala, não é páreo para uma campanha de mídia em tela que seja exibida em todas as salas exibido O Rei Leão, por exemplo”, avalia.
A Flix Media tem buscado bastante o pilar de conteúdo, usando as telonas para contar para contar a história das marcas. “É uma oportunidade muito relevante para as marcas exibirem conteúdos mais longos que já vem sendo muito bem trabalhados no Youtube, mas com limitação de onde distribuir esse material em vídeo no mundo offline, já que na TV esse formato não é viável”, finaliza Sanfilippo.
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