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Mídia

Com 1 bilhão de usuários mensais, YouTube quer ser a “TV” dos podcasts

Plataforma de vídeos terá novos recursos para incrementar a produção e negócios para os videocasts tendo em vista o crescimento do consumo em TVs conectadas


27 de fevereiro de 2025 - 6h01

YouTube podcasts

(Crédito: Shutterstock)

O YouTube divulgou nessa quarta-feira, 27, que atingiu a marca de 1 bilhão de espectadores ativos de podcasts por mês, em todo o mundo. O número é celebrado pela plataforma do Google não apenas por representar um marco importante em termos de alcance como por indicar o crescimento de um hábito de consumo no qual a rede social volta suas apostas neste ano: a formação de uma audiência de massa no ambiente de TVs conectadas.

Segundo o YouTube, o dado de 1 bilhão de espectadores médios mensais abrange tanto quem assiste aos vídeos de podcasts no YouTube, como quem ouve os episódios via YouTube Music.

Apesar de podcasts em vídeos (que são chamados de videocasts) não serem novidade no mercado, o YouTube vê esse marco como a consolidação de um hábito de consumo um tanto particular no Brasil.

“Enquanto os Estados Unidos tiveram um amadurecimento mais rápido do consumo de podcasts em áudio e, anos depois, começaram a experimentar o formato de vídeo para também entregar conteúdo à audiência, no Brasil, grandes youtubers e creators que já tinham uma relação de engajamento com sua comunidade passaram a apostar no podcast como mais um formato para falar com as pessoas. Com isso, a audiência e engajamento dos podcasts e vídeos se estruturam por aqui apoiadas em comunidades muito fiéis e engajadas”, analisa Manuela Villela, head creator ecosystem do YouTube no Brasil.

Podcast na tela

Nos Estados Unidos, o YouTube já é a plataforma mais utilizada para o consumo de podcasts, superando os streamings de áudio, como Spotify e Deezer. O Google não abre os números específicos do consumo do formato no mercado brasileiro, mas a porta-voz sinaliza que a audiência nacional já faz com que o País esteja entre os principais mercados do mundo, em termos de podcast, para o YouTube.

Manuela acredita que esse crescimento se deve à descoberta, por parte da audiência, que um podcast é um formato que não somente pode ser consumido via áudio, na academia ou no trajeto entre trabalho e casa, por exemplo, como também pode ser assistido, tal qual um conteúdo televisivo.

“Mapeamos um consumo crescente no hábito de assistir a podcasts via TVs conectadas. A tela da TV conectada, aliás, é o canal que mais cresce em consumo, no mundo, para o YouTube E temos vistos como os criadores de podcasts vem aprimorando sua produção e investindo em recursos para realizar entrevistas e conversas com mais qualidade. Isso, somado a uma audiência fiel e participava, que interage nos superchats e que acompanha aquele programa ou criador de conteúdo, faz com que o podcast também seja uma atração para ser assistida na TV da sala, como já acontece com boa parte dos conteúdos do YouTube”, exemplifica.

Há alguns dias, o CEO global do YouTube, Neal Mohan, divulgou uma carta aberta, em celebração aos 20 anos da plataforma, na qual destacava que o YouTube era a nova televisão. “A TV ultrapassou o celular e agora é o principal dispositivo para visualização do YouTube nos Estados Unidos (por tempo de exibição)”, declarou o executivo.

Sob essa perspectiva, portanto, o YouTube quer também se apresentar como um território propício para a veiculação de videocasts, ainda que a quantidade de canais e opções do formato pareçam se multiplicar a cada dia. Na visão de Manuela, porém, apesar dessa grande concorrência, ainda existem muitas oportunidades no universo de podcasts.

A executiva pondera que os próprios dados do Google Trends, que indicam os assuntos mais buscados pelos usuários do Google, sinalizam que o interesse por podcasts segue em alta. A própria diversidade de temas e estilos que os podcasters oferecem fazem com que as oportunidades ainda sejam interessantes.

“Vemos o PodPah, por exemplo, mais voltado ao entretenimento, com entrevistas com grandes personalidades e celebridades, e o Flow indo para um território de debates e conteúdos mais políticos. Existem podcasts sobre os mais variados assuntos, que atendem a perfis segmentados e bem diferentes de audiência”, diz.

Impulso aos creators

Para fomentar esse universo de podcasts no Brasil, o YouTube deve incrementar, em breve, algumas diretrizes de seu programa para creators. Manuela adianta que, entre esses planos, estão a oferta de novos produtos e soluções que auxiliem os podcasters sobretudo para a produção de conteúdo direcionada para a audiência de TV conectada.

Novos oportunidades de monetização e de formatos comerciais para as marcas nos videocasts devem ser apresentados pelo YouTube no Brasil nos próximos meses. “Com as melhorias e novidades dos produtos, a expectativa é de termos um aumento não apenas de audiência, como também de fidelização, para que os usuários assistam a um podcast e retornem, para ver o próximo”, finaliza.

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