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Com editais de games e VR, Ancine se aproxima de empreendedores

Durante a CCXP Unlock, a entidade apresentou diferentes linhas de financiamento para fomentar a indústria criativa


5 de dezembro de 2018 - 15h41

A Agência Nacional do Cinema (Ancine), ligada ao Ministério da Cultura, apresentou nesta quarta-feira, 5, durante a CCXP Unlock, em São Paulo uma série editais para investimento em games, realidade virtual e aumentada.  Ao todo, foram anunciadas quatro nova linhas de financiamento – três voltadas a produção e comercialização de games e uma voltada a aceleradoras de negócios que queiram investir em empresas do setor.

As novas linhas de financiamento usarão, em sua maior parte, recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e devem reforçar a tecnologia dentro da agenda institucional do governo. Ao todo, o Ministério da Cultura estima um investimento total de R$45 milhões em games para o próximo ano.

 

O Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão; o presidente da Abragames, Sandro Manfredini; o diretor-presidente da Ancine, Christian de Castro; e Maytê Carvalho, CEO da B.pass. Foto: Karina Balan Julio

As três novas modalidades de financiamento de produção, voltadas para para projetos de diferentes portes, preveem investimentos totais de R$ 16,7 milhões. Haverá cotas regionais para estabelecer um valor mínimo de investimentos por estado. Ainda, do montante total, pelo menos 10% dos investimentos devem ser destinados a projetos de realidade virtual e aumentada.

Há também uma chamada para o desenvolvimento de produções de fluxo contínuo, no valor total de R$ 10, 5 milhões e com investimento máximo de até R$ 1 milhão por projeto. “Esta linha deve servir como um complemento para empresas que já contam com outras fontes de financiamento ou que queiram ampliar o escopo de games já prontos”, explicou o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, durante o CCXP Unlock.

Por último, haverá uma chamada pública destinada exclusivamente à comercialização de games –  para jogos eletrônicos concluídos ou em fase de finalização -, no valor total de R$8 milhões.

Segundo o diretor-presidente da Ancine, Christian de Castro, a ideia é que a entidade passe a olhar para o investimento em empresas de economia criativa como um todo, em vez de fomentar apenas projetos individuais. 

Por isso, a quarta linha de investimento anunciada pelo MinC será focada em aceleradoras de negócio dispostas a investir em empresas de games, tanto do ponto de vista de recursos como de capacitação. Esta última linha de financiamento prevê uma verba de R$ 10 milhões, com recursos provenientes do Plano Anual de Investimentos (PAI) de 2017. Para selecionar as aceleradoras participantes, o MinC lançará um edital seguindo o modelo do programa Garagem, do BNDES. 

“O mercado de games é maior do que todo o mercado audiovisual e de cinema juntos. Não focar nesta indústria é perder tempo e dinheiro. Queremos valorizar o capital empreendedor e trazer uma visão empresarial de gestão para o ambiente da Ancine”, disse Christian.

O objetivo das novas linhas de financiamento público, segundo o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, é modernizar as modalidades já existentes. “A economia criativa responde por  2,6% do nosso PIB, o que coloca o setor entre os 10 maiores para o Brasil, à frente de indústria como a têxtil e farmacêutica. Por isso creio que precisamos de um choque de contemporaneidade nas nossas instituições públicas para que possamos rentabilizar melhor os nossos ativos”, afirmou o ministro.

Segundo dados do Censo de Games, pesquisa que teve edições  em 2014 e 2018, financiada pelo BNDES e pelo Ministério da Cultura, o número de empresas ligadas games no Brasil cresceu 182% nos últimos quatro anos. Atualmente, há cerca de 276 empresas focadas no desenvolvimento de jogos eletrônicos no País.

A expectativa, segundo o MinC, é de que o mercado de jogos eletrônicos cresça cerca de 14% anualmente até 2022.

Sandro Manfredini, presidente da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), disse que a indústria de games ainda enfrenta o desafio de  atrair investimentos privados em escala, como já acontece em outros mercados.

“O empreendedor de games, em geral, não encontra no setor privado brasileiro muitas oportunidade de investimentos. Por isso empreendedores locais geralmente recorrem a publishers internacionais para conseguir apoio. Isso é bom por um lado, pois faz com que eles já nasçam com mindset global, mas também mostra que precisamos incentivar investimentos internamente”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

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