Com SIM, Globo quer pequeno e médio empresário na TV
Plataforma, que está no ar em versão beta, oferece planejamento de mídia e criação de comerciais para veiculação na TV aberta; mais à frente, incluirá TV paga e digital
Com SIM, Globo quer pequeno e médio empresário na TV
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BuscarPlataforma, que está no ar em versão beta, oferece planejamento de mídia e criação de comerciais para veiculação na TV aberta; mais à frente, incluirá TV paga e digital
Teresa Levin
2 de junho de 2020 - 18h37
Uma plataforma com o objetivo de ajudar o pequeno e médio empresário brasileiro, dos mais diversos tipos de negócio, a atingir seu público alvo, possibilitando simulações de interesse de anúncio, criação de peças publicitárias, compras e pagamentos. Esse é o conceito da SIM, nome do projeto desenvolvido pela Globo que estreou em versão beta envolvendo a TV aberta mas que, em etapas à frente já previstas, incluirá todas as plataformas de TV Paga e do digital do portfólio da Rede Globo. Inicialmente, as afiliadas da Globo RPC Paraná, nas cidades de Guarapuava e Ponta Grossa; TV Tem, nas praças de Itapetininga e São José do Rio Preto, e a TV Gazeta Norte, na cidade de Linhares, foram escolhidas para a implementação beta da SIM.
Eduardo Schaeffer, diretor de negócios integrados em publicidade da Globo (Crédito: Divulgação/ Sergio Zalis)
“Lançamos mão de um instrumento de tecnologia para viabilizar que empresas que até hoje não tinham a Globo em seu alvo como alternativa pudessem olhar para a gente e ver um parceiro que pode ser fundamental em sua estratégia de comunicação”, explica Eduardo Schaeffer, diretor de negócios integrados em publicidade da Globo. Ele esclarece que o foco são pequenos anunciantes que não tem presença na TV e que, com o SIM, o objetivo é criar um ciclo virtuoso, fomentando inclusive o mercado. “Gerando demanda para que empresas entrem no ecossistema da publicidade. Isso fortalece a Globo, as agências locais, que terão clientes novos, as produtoras, que terão que colocar serviços”, explica.
No SIM, com algumas informações como período de veiculação, público alvo e valor que será investido, o anunciante pode ter um planejamento de mídia para seu negócio. A partir daí, ele acessa uma plataforma de construção de vídeos para que seu comercial seja criado a partir de componentes estáticos, como fotos, textos e imagens de ofertas. “A composição é feita através de templates fixos”, diz Schaeffer. Nesta primeira etapa, os testes são para avaliar a capacidade da ferramenta e ajustar sua arquitetura. “Temos praças específicas, não temos uma trava, mas o cliente que tentar usar e não estiver entre elas não será aceito neste momento”, detalha Manzar Fers, diretora de soluções de vendas da Globo. Ela antecipa que a próxima versão do SIM já trará inovações como a possibilidade do cliente fazer upload de vídeo, caso tenha uma produtora e não queira gerar um comercial na ferramenta. “Temos plano de roll out para o Brasil inteiro, mas as próximas etapas em novas regiões dependerão dos testes anteriores”, fala. Manzar adianta que o planejamento para o projeto já prevê que pequenas agências locais acessem a plataforma. “Com isso poderemos fomentar negócios das pequenas agências que nem sempre tem uma capacidade de investimento grande para o uso de ferramentas como Analytics, para terem insights para avaliar resultados”, explica.
Sergio Valente, diretor de marca e comunicação da Globo, acrescenta que esta ferramenta nasce da ideia de inclusão, para que pequenos negócios ingressem no virtuoso universo da publicidade. “Quem já esta no ecossistema já sabe a vantagem que é ter um publicitário como seu parceiro de negócios”, aponta. Ele reforça ainda que, em sua visão, negócios que forem divulgados na Globo através da plataforma venderão mais, incentivando todo o mercado. “Vão levar competidores a quererem anunciar, procurar agências, que terão mais clientes. Realmente acreditamos na propaganda”, fala.Schaeffer frisa que a plataforma foi desenhada para aumentar o acesso de clientes à Globo e que, os que já são, têm suas estruturas, com agências, que operam sua produção de conteúdo, e não terão privilegios no uso do SIM. “Esta ferramenta coloca empresas nesta nova realidade, estamos abrindo a boca do funil, aumentando o potencial de clientes que poderá ser abordado”, observa.
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