Como a OffGrid quer apostar no Fast como entretenimento
Sócios da empresa veem no Brasil oportunidade de expandir e maturar o segmento e enfrentam desafio de educar o ecossistema para o formato
Como a OffGrid quer apostar no Fast como entretenimento
BuscarComo a OffGrid quer apostar no Fast como entretenimento
BuscarSócios da empresa veem no Brasil oportunidade de expandir e maturar o segmento e enfrentam desafio de educar o ecossistema para o formato
Giovana Oréfice
24 de abril de 2025 - 6h03
A OffGrid nasceu em 2021, nos Estados Unidos, apostando em canais Fast de filmes e séries em espanhol. Dois anos depois, migrou as estratégias para o Brasil, investindo no entretenimento atrelado à paixão dos brasileiros por vídeo e televisão.
Milton Neto, Guto Cappio e Alvaro Barros, sócios da OffGrid (Crédito: Divulgação/Paulo Bareta)
Fundada por Álvaro Paes de Barros e Milton Neto, a companhia recebeu, neste ano, um novo sócio: Guto Cappio, fundador da agência digital Sunset e ex-sócio do Grupo ABC.
A entrada no País há dois anos mira um público mais jovem, naturalmente mais digital e que têm migrado para as grandes telas. A oferta consiste em uma família de nove canais, dos quais dois seguem na língua espanhola.
O Brasil representa um oceano azul para investimentos do tipo. Segundo os sócios, os EUA já contam com quase 2 mil canais FAST, enquanto o maior país da América Latina ainda tem menos de 50 canais feitos para a audiência local.
Até 2024, grande parte da distribuição de conteúdo foi feita pela Samsung. Mas desde o início do ano, têm investido na expansão dos canais de todas as distribuidoras, entre elas TCL e LG. Até o final do segundo trimestre, o intuito é consolidar alcance máximo junto a audiência local em todas as plataformas. Entre as estratégias consideradas, estão a promoção de destaques de programação nas telas iniciais. “As pessoas começarão a entender que o poder delas está no controle remoto”, diz Neto.
“O dono de conteúdo entende o Fast como uma janela importante de uma estratégia maior de distribuição e monetização”, corrobora Barros. De acordo com ele, canais do YouTube, por exemplo, já têm levado audiência do digital para a televisão. A OffGrid tem parcerias como Manual do Mundo, NWB, que abraça os canais FitDance, Acelerados e Desimpedidos, e WhePlay, e marca presença em 42 milhões de TVs conectadas.
Apesar de ser um canal promissor, com um alcance potencial de 120 milhões de consumidores, há o desafio de educar o mercado: “O Fast como está hoje é gigante e totalmente inexplorado pelo mercado publicitário”, declara Guto Cappio. De acordo com o sócio, há uma missão de levar práticas já consolidadas na TV para dentro do modelo de negócios da OffGrid, também para proporcionar melhor estratégia de entretenimento.
Entre as oportunidades, destacam os executivos, estão novas formas de narrativas, como conteúdos de cauda longa, entrevistas e podcasts que, consequentemente, abrem um leque de possibilidades criativas para agências e anunciantes com estratégias específicas e mais direcionadas, dado o poder de segmentação do formato.
Além de prospectar novos parceiros comerciais, a expansão no longo prazo inclui planos agregar transmissões de eventos ao vivo, sobretudo com foco em esportes, e novos criadores de conteúdo. Atualmente, já contam com transmissões da King’s league, Porsche Cup e Endurance Brasil.
Uma expansão para a América Latina não é descartada. Os dois canais em espanhol permitem que a companhia se aproxime do mercado latino-americano, com chances de entrar no mercado hispânico através do México, por exemplo.
Compartilhe
Veja também
Aline, Renata e Vinicius: quem venceu o BBB 25 no Instagram?
Levantamento da BR Media aponta os brothers que mais ampliaram sua base de seguidores ao longo do reality show da Globo
“Quero resgatar o SBT raiz”, diz Daniela Abravanel Beyruti
Presidente do SBT fala do desafio em atrair a atenção da audiência e revela intenção de retomar a essência divertida e leve na programação