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Como a Roc Nation se tornou responsável por Vinicius Jr e Endrick

Empresa comandada por Jay-Z incorporou operações da TFM Agency e foca em potencializar atletas brasileiros dentro e fora do mercado nacional


25 de outubro de 2023 - 16h22

Roc Nation cuida da carreira de atletas como Vini Jr e Endrick (Crédito: Jose Manuel Alvarez/Quality Sport Images/Getty Images)

Roc Nation cuida da carreira de atletas como Vini Jr e Endrick (Crédito: Jose Manuel Alvarez/Quality Sport Images/Getty Images)

A Roc Nation, empresa internacional comandada por Jay-Z, incorporou, em julho deste ano as operações da TFM Agency.

Com isso, a empresa assumiu o agenciamento de nomes como Vinicius Junior, do Real Madri, e Endrick, do Palmeiras.

Assim, a marca chega ao mercado brasileiro com o objetivo de potencializar atletas dentro e fora do mercado nacional, além de reforçar suas imagens como formas de mídia e marcas pessoais.

Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, detalha  como o País entrou no radar da companhia e suas estratégias.

Roc Nation em terras brasileiras

Meio & Mensagem – Como funciona a operação no Brasil?
Thiago Freitas – A Roc Nation se tornou acionista majoritária da TFM Agency e assumimos o nome de Roc Nation Sports Brazil. Toda a equipe que trabalhava em Madri, Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foi mantida. As novas possibilidades que a Roc Nation traz gerarão demandas por serviços e essas equipes podem ser expandidas no Brasil.

M&M – Por que para a TFM fez sentido essa fusão e como aconteceu?
Freitas – Essas conversas começaram no ano passado, diante do interesse da Roc Nation de expandir os seus negócios na indústria do futebol. No Brasil, somos fornecedor de talento.  Se você quer trabalhar com talento, tem que ter operação de onde surgem os talentos. A sociedade passa por um conjunto de mudanças e se torna muito difícil falar do que é sucesso, sem falar sobre interseções entre diferentes indústrias.

M&M – Quais são os planos da Roc Nation no Brasil?
Freitas – A Roc Nation tem planos no Brasil associados aos brasileiros que não necessariamente, estão no País. Somos um território em que o futebol é o esporte mais popular. Historicamente, o país que mais exporta os seus atletas para as principais ligas do mundo e qualquer expansão de negócio relacionada ao futebol deve incluir o mercado brasileiro. O que a Roc Nation vai oferecer, não somente para os atletas brasileiros, depende do ecossistema do futebol, da indústria e dos rumos que vai tomar.

Atletas viram marcas

M&M – Como a chegada dessa operação pode potencializar o mercado brasileiro?
Freitas – As pessoas consomem celebridades, estilo de vida e opiniões e as redes sociais permitem que existam diversos temas sendo discutidos e integrados entre diferentes segmentos.

Além disso, falam sobre diferentes assuntos e são consumidas em várias esferas. Há 30 anos, um atleta jovem tinha exposição de poucos segundos na mídia se resumindo a algumas entrevistas depois dos jogos e fotos nos jornais no dia seguinte.

Ademais, hoje um atleta tem infinitas maneiras de consumo. Para nós, faz sentido por sermos reconhecidos no Brasil como a agência que identifica potencializa e representa os maiores talentos brasileiros.

M&M – Os atletas são cada vez mais influentes nas redes sociais, como parceiros de marcas. Como é que você enxerga esse momento e essa geração. Isso muda alguma coisa na forma como a empresa olha para o atleta?
Freitas – Nos preocupamos com a formação de um atleta, não só com o que ele vai ser durante a carreira nos campos. A construção das marcas, da imagem e da influência fora do esporte é um dos pilares da Roc Nation.

Ademais, um bom exemplo é a Rihanna, intérprete musical que é bilionária, tem uma marca e imagem associada não somente a música, mas a outras indústrias nas quais é proprietária dos negócios e não só empresta o seu nome para licenciamento.

Portanto, dada essa possibilidade, temos de nos comunicar com qualquer pessoa, de vermos a qualquer hora do dia o que alguém publicou em qualquer momento. A idolatria transcende o evento esportivo.

Papel da Roc Nation

M&M – Como que você enxerga o mercado de agenciamento de atletas no Brasil?
Freitas – O futebol é uma parte da sociedade, e não um mundo paralelo. Toda atividade no Brasil lida com um conjunto de dificuldades.

Contudo, apesar da idolatria concedida a muitos atletas, todos, quando buscam o topo da pirâmide do segmento, lidam com essas dificuldades.

Ademais, até o final do século passado, os atletas tinham que se submeter ao passe que os impedia de escolher livremente onde trabalhar, o que faz com que as pessoas ainda tenham a impressão de que um atleta é uma espécie de propriedade dos clubes.

Prazo de validade

De fato, são poucas as pessoas que se atentam para o fato de que hoje um garoto de 14 anos, acompanhado dos seus pais, de qualquer nível de instrução, já é submetido à negociação de um primeiro contrato com instituições centenárias, conduzidas por empresários experientes, e que essa é uma carreira que tem prazo de validade muito diferente das outras.

Dessa forma, é natural que esses atletas busquem os melhores rendimentos e orientação. Ao contrário do que todos pensam, os agentes mais qualificados não assumem propriedade desses atletas e os capacitam para tomarem as melhores decisões ao longo das suas carreiras.

Conexão internacional

M&M – Quais são os planos da Roc Nation para o Brasil nos próximos anos?
Freitas – No próximo ano, intensificaremos o trabalho de aproximação dos atletas com marcas de diferentes segmentos. A conexão dos atletas com serviços nas redes sociais se intensificará com treinamentos e construção de imagem.

Ademais, o reforço desse departamento comercial não relacionado aos contratos esportivos deve ser o carro-chefe dessa próxima temporada.

Além disso, a incorporação de práticas comuns no esporte norte-americano no relacionamento dos representantes com os atletas, que já tínhamos como diferencial, será ampliada.

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