Como o Brasil virou exportador de CCXP
CCXP Cologne, que começa nesta quinta-feira, 27, na Alemanha, inicia uma nova fase de negócios do Grupo Omelete
CCXP Cologne, que começa nesta quinta-feira, 27, na Alemanha, inicia uma nova fase de negócios do Grupo Omelete
Por Luiz Gustavo Pacete e Thaís Monteiro
A cidade alemã de Colônia recebe a partir desta quinta-feira, 27, até domingo, 30, a CCXP Cologne. O evento, produzido pelo Grupo Omelete, é inspirado diretamente na CCXP Brasil e demandou uma série de ajustes e adaptações locais para que funcionasse. De acordo com Pierre Mantovani, CEO do Grupo Omelete, a ida do evento para a Alemanha é fruto de uma viagem feita em 2016 pelo próprio Pierre com o objetivo de trazer para o Brasil o Gamescon, maior evento de games da Europa.
“No final, os organizadores se interessaram por entender como fazíamos a CCXP. Quando viram, os alemães disseram que já vinham estudando o mercado e tinham planos de fazer algo parecido por lá. Eles nos convidaram para avaliar juntos e levamos três anos para tomar a decisão. Sem o ecossistema do Omelete, o processo fica mais complexo”, explica Mantovani. Nos últimos três anos, o desafio do grupo foi justamente de achar parceiros locais de mídia e suprir essa deficiência da comunidade criada pelo Omelete no Brasil.
Na Europa, diz Pierre, não existe o ecossistema do Omelete que, de certa forma, garantiu uma base de fãs para a convenção brasileira. Por isso, o projeto alemão é realizado em parceria de mídia com a Webedia, dona de verticais como IGN e FilmStarts. O foco de audiência do evento é diferente. A estimativa de público é de 50 mil a 70 mil pessoas, em 2018, a CCXP Brasil teve 262 mil visitantes. “Estamos conversando com outros países para repetir essa experiência, dependendo do resultado da CCXP Colônia”, explica Mantovani indicando uma nova área estratégia dentro do grupo.
Sobre a CCXP brasileira, Mantovani reforça que no começo da CCXP, a San Diego Comic era o benchmark. Só que existem questões muito específicas que faziam com que ela funcionasse muito bem nos Estados Unidos. Começando pela localidade, ao lado de Los Angeles, favorecia ter os melhores castings. Pegando um trem ou 40 minutos de carro, os atores já estavam lá.
“Apesar disso, o evento por lá não muda. Todo ano é igual. Fiquei frustrado em ir três anos seguidos e o stand da Marvel ser exatamente o mesmo. Isso quer dizer que os eventos americanos não investiam na experiência do fã, eram realmente eventos para o mercado de quadrinhos. Nós aqui pensamos em criar uma estratégia diferente”, reforça.
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