Como o delay interfere nas transmissões da Copa no digital
Globoplay e LiveMode comentam sobre a questão tecnológica que gera atrasos para quem acompanha os jogos via streaming
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Bárbara Sacchitiello
1 de dezembro de 2022 - 6h00
Apesar de ser a Copa do Mundo mais digital da história, com transmissões batendo recorde no YouTube, o Mundial do Catar trouxe à tona um problema bem conhecido de quem acompanha futebol e outros esportes ao vivo: o delay nas transmissões.
Desde a primeira rodada da competição, são diversas as reclamações nas redes sociais a respeito do atraso nos jogos transmitidos pelo Globoplay, plataforma da Globo que detém os direitos oficiais de transmissão do Mundial da Fifa.
As reclamações também se estendem ao atraso nas transmissões feitas pela CazéTV, canal do streamer Casimiro, que também exibe os jogos da Copa na plataforma digital, por conta de um acordo firmado pela LiveMode. A transmissão da vitória do Brasil sobre a Suíça na última segunda-feira, 28, bateu recorde de evento ao vivo mais assistido no YouTube no mundo.
Ouvir o vizinho gritar “gol” antes de a imagem mostrar a cena é algo que acontece por uma questão tecnológica. Quando se trata de uma transmissão feita pela internet, o sinal precisa ser decodificado e retransmitido para a plataforma, o que leva um tempo maior do que a recepção do sinal por satélite.
Esse tempo de atraso, que tem o nome de latência, é menor nas transmissões em TV aberta. As operadoras de TV por assinatura também precisam de um tempo um pouco maior para a transmissão das imagens, o que também ocasiona atraso da transmissão, quando comparada à da TV digital.
Apesar de o delay nas transmissões ser uma questão de infraestrutura tecnológica, que não depende do veículo para ser resolvida, quem está transmitindo a Copa do Mundo vem procurando fazer o possível para lidar com a questão.
A Globo diz, por meio de sua área de comunicação, que está constantemente investindo em soluções para entregar a melhor experiência aos usuários, minimizando ao máximo o delay.
O engajamento digital da Copa do Mundo 2022
“Evoluímos, desde a última Copa, nossa arquitetura de rede com a expansão da nossa CDN (Content Distribution Network) com mais servidores mais próximos dos usuários, dentro do seu provedor ou conectados no ponto de troca de tráfego (PTT) mais próximo”, diz a área de comunicação da Globo.
Na opinião de Mauricio Portela, sócio da LiveMode, empresa que negociou a transmissão dos jogos para as redes sociais de Casimiro, o delay é uma questão tecnológica com a qual os fãs de futebol já se acostumaram a conviver.
“Olhando as audiências da CazéTV, especialmente nos jogos do Brasil, parece que o delay é um problema superestimado”, diz Portela, citando o fato de a transmissão da partida entre Brasil X Suíça, na última segunda-feira, 28, ter sido vista por quase 5 milhões de aparelhos simultâneos, ao mesmo tempo em que a Globo exibia o jogo na TV aberta.
“Foi feita uma enquete em que 80% dos que responderam, disseram que estavam assistindo ao jogo em casa. Ou seja, mesmo as pessoas com opções entre o sinal da Globo de TV aberta, que é a tecnologia que entrega o menor delay, e a transmissão da CazéTV no YouTube, Twitch e Fifa+, mais de 12% dos aparelhos escolheram ver no digital e não se importaram com o delay”, analisa.
A chegada da rede de internet de quinta geração – o 5G – nas cidades brasileiras é tida como a esperança de que o problema do grito de gol antecipado e das quedas de sinal terminem. Por fazer uso de mais antenas de transmissão, o 5G consegue fazer a transmissão de mais dados em velocidade maior, o que permitiria a diminuição da latência, fazendo com que o sinal fosse transmitido de forma mais ágil.
A Globo diz que, sem dúvidas, a adoção desse padrão de internet ajudará na redução do delay entre o evento ao vivo e seu consumo em uma plataforma de streaming.
“Além disso, teremos um ambiente móvel muito mais estável e com grande acréscimo de banda, o que reduzirá bastante situações de buffering (o carregamento de dados nas transmissões ao vivo)”, finaliza o veículo.
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