Como os Jogos Olímpicos mexem com o público e com o mercado
Estudo divulgado pela Rede Globo apresenta dados referentes à maior competição esportiva do Mundo
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Valeria Contado
30 de abril de 2021 - 6h00
A Globo, detentora dos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio no Brasil, apresentou nesta semana um estudo apontando como o maior evento esportivo do mundo afeta o público e o mercado publicitário.
Os dados apresentados têm como fonte a Pesquisa Behup “Olímpiadas 2021”, realizada para o setor de negócios da emissora, e aponta alguns fatores primordiais ao se levar em conta a transmissão dos jogos.
Joana Thimoteo, diretora de eventos esportivos da Globo, explica que a empresa teve que se reestruturar após o adiamento do evento causado pela pandemia de Covid-19 (os Jogos Olímpicos estavam marcados para 2020). “Tivemos que reestruturar nosso planejamento e construir um novo desenho de cobertura, que cumprisse a missão de encarar a pandemia e valorizar esse evento”.
Mesmo com essa revisão de planos, a Globo estruturou uma cobertura que pretende oferecer mais de 200 horas de conteúdo em TV aberta, 45 sinais nos canais fechados (SporTV) e no Globoplay, além de highlights e resumos no portal do GE ao longo de todo o período da Olimpíada, que terá início em 23 de julho e termina no dia 8 de agosto.
A relação do público com os jogos
Os Jogos Olímpicos reúnem todas as nações e convidam os povos a se unirem para celebrar o esporte e acompanhar as mais variadas modalidades. Nesse sentido, 90% dos entrevistados no estudo realizado pela Globo afirmam que irão acompanhar os Jogos Olímpicos de Tóquio. Já 70% afirmam que será interessante poder acompanhar aos Jogos mesmo tendo como pano de fundo a pandemia.
Ainda na seara de como os entrevistados enxergam esse acontecimento, 80% afirmam que será bonito ver os países reunidos novamente. Outros 73% enxergam os Jogos Olímpicos como um sinal de esperança. Renato Ribeiro, diretor de esportes da Globo, afirma que o intuito das transmissões no canal serão de levar justamente esse espírito para as casas dos brasileiros. “A ideia é proporcionar momentos de emoção e de descontração para as pessoas para que elas possam viajar um pouco e se emocionarem com os atletas, sem esquecer do que está acontecendo”.
Outro fator que também tende a fazer com que os jogos Olímpicos tenham um alcance maior neste ano é o home office, que ainda vem sendo adotado como modelo de trabalho por muitas empresas. Com as pessoas em casa, fica mais fácil de acompanhar as transmissões, já que 72% das pessoas preferem assistir as competições ao vivo.
Além disso, essa edição dos jogos Olímpicos tem potencial para atrair o público mais jovem. A entrada de esportes como surf, skate, karatê e basebol/softbol é um dos motivos. Segundo o estudo, 74% dos jovens de 18 a 24 anos pretendem assistir aos jogos e 81% deles acreditam em títulos nas modalidades. “Um público jovem que vai se conectar com esportes importantes como skate, e o surf, e que por coincidência são esportes em que o Brasil é uma potência, então tem tudo para que tenhamos bons resultados”, pondera Renato.
As Olímpiadas e o mercado
Sem poder sair e se reunir com outras pessoas, em 2021 o contexto das Olímpiadas não será marcado pelas tradicionais reuniões que costumam acompanhar o público durante a jornada olímpica. No entanto, 41% dos entrevistados na pesquisa disseram que pretendem comprar alimentos ou bebidas para consumir durante as transmissões. Além disso, 32% têm a intenção de fazer essas compras via delivery, enquanto 30% devem cozinhar algo.
Ainda falando da jornada do consumidor em casa, 44% das pessoas entrevistadas declararam que pretendem fazer melhorias em suas casas. Aumentar a velocidade da internet é o primeiro item da lista para 46% dos entrevistados, seguido por contratar algum serviço de TV por assinatura (28%) ou streaming (26%). Já em relação a compras no varejo, 30% apontaram que pretendem adquirir um novo aparelho de Smart Tv.
Crédito foto do topo: Koki Nagahama/Getty Images)
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