Consumo de streaming é maior entre pessoas pretas
Smartphones são os dispositivos mais usados pelo grupo para acessar a internet e ver vídeos sob demanda
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30 de novembro de 2021 - 12h47
No estudo “Potência preta: publicidade, streaming e desafios da inclusão”, a Nielsen e a Toluna mapearam as diferenças no consumo de streaming e publicidade entre pessoas pretas e brancas. De acordo com os resultados, usuários identificados como pretos consomem streamings com mais frequência do que brancos, mas em dispositivos mais acessíveis.
A pesquisa consultou 1.455 pessoas. Dessas, 49% se identifica como branco, 47% como preto. Os institutos de pesquisa ainda ressaltaram outros detalhes dos respondentes: das pessoas identificadas como pretas, 15% são LGBTQIA+, 40% tem entre 24 e 35 anos, 43% está no Sudeste, 37% está no Nordeste, 21% tem renda familiar de um salário mínimo e 29% tem renda entre dois e quatro salários mínimos. Os entrevistados responderam um questionário online como parte da pesquisa.
Em 24h, os respondentes pretos acessam streamings com mais frequência. Deles, 40% consome streaming diariamente e 36% semanalmente. Dos usuários brancos, 36% acessa diariamente e 40% semanalmente.O consumo de streaming é maior em smartphones para ambos os grupos. Dos entrevistados, 66% das pessoas pretas e 54% das pessoas brancas usa o aparelho para consumir vídeos sob demanda. Já o uso de notebooks é maior entre brancos: 47% contra 36% dos usuários pretos.
Isso é refletido também no uso da internet em geral. Smartphones são usados por 71% dos negros e 65% dos brancos, enquanto o uso de computadores de mesa e notebooks é maior entre brancos. Usam computadores de mesa para acessar a internet 17% dos entrevistados brancos e 13% dos entrevistados negros. Já o notebook é usado por 14% dos brancos e 10% dos pretos.
Além desses dados, a pesquisa trouxe informações sobre o consumo de publicidade entre a população negra e a conversão. Conforme os entrevistados pretos, 69% diz ver publicidades de alimentos e 61% de eletrônicos. Apesar disso, 45% e 31% compraram os produtos, respectivamente. Segundo a Nielsen e Toluna, os dados refletem que o grupo ainda não tem o poder de compra adequado ao impacto publicitário que recebem por diversos motivos, como empregabilidade, acesso a educação e saúde.
**Crédito da imagem no topo: ARTsiri/Shutterstock
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