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Disney+ alcança 26,5 milhões de assinantes

Número de assinaturas bate previsão de analistas e reflete preocupação com negócios de streaming do grupo


5 de fevereiro de 2020 - 12h24

Do Advertising Age*

A cruzada da Walt Disney Co. para se tornar um gigante do streaming começou bem. Os assinantes da plataforma Disney+, que estreou em novembro nos Estados Unidos, já são 26,5 milhões, um sinal de que a empresa de 96 anos pode desafiar a Netflix em um mercado cada vez mais movimentado. O número ficou bem acima dos 20,8 milhões de assinantes projetados pelo serviço Consensus da Bloomberg.

 

Crédito: Reprodução

O número foi revelado pelo CEO Bob Iger na terça-feira, 4. Junto a outros o Hulu e o ESPN+, a Disney+ mostra o esforço do grupo em direcionar investimentos para a exibição de conteúdo sob demanda em vez de TV convencional. Mas isso tem um custo: a Disney disse que o lucro fiscal do primeiro trimestre caiu: o resultado vem de investimentos em novos filmes e séries.

A Disney lançou o serviço com parte de suas franquias mais populares, como The Mandalorian, um spinoff de Star Wars, com o personagem Baby Yoda, um sucesso de licenciamento recente. Apesar disso, é o Hulu, seu VOD mais antigo, que lidera o número de assinaturas, com 30,7 milhões de clientes, aumento de 300 mil. O ESPN+ apresentou 6,6 milhões de crescimento nos EUA, chegando a 7,6 milhões de assinantes — há um ano eram 1,4 milhão.

Ofertas no VOD
Os serviços continuam a se beneficiar de uma oferta de US$ 13 mensais aos novos assinantes, que inclui os três serviços. O Disney+ também participou de uma promoção junto a clientes da operadora de telefonia Verizon.

As ações da Disney chegaram a subir 3,6%, fechando em US$ 144,73 e alta de 2,4%  no encerramento. No decorrer de 12 meses, foi uma alta de quase 30%. A Disney disse ainda que o lucro do primeiro trimestre fiscal caiu para US$ 1,53 por ação, número que ainda supera as estimativas dos analistas de US$ 1,46. As vendas cresceram 36%, para US$ 20,9 bilhões no período encerrado em 28 de dezembro, superando ligeiramente as estimativas.

A queda no lucro reflete custos da aquisição de US$ 71 bilhões em ativos de entretenimento da Fox no ano passado, bem como o investimento contínuo em filmes e programas de TV para streaming.

Coronavírus ameaça parques
A divisão B2C da Disney, onde são relatados resultados de streaming, registrou uma perdas de US$ 693 milhões no trimestre, menores do que a previsão da Bloomberg, de US$ 823 milhões.

Filmes, porém, registrou um ótimo trimestre, com lucro mais do que triplicando, de US$ 948 milhões, graças aos resultados de Frozen 2 e Star Wars: Ascensão Skywalker — dois dos sete filmes que a empresa produziu no ano passado que superaram US$ 1 bilhão em venda de ingressos.

Parques temáticos cresceu 8,6% no trimestre, mas a Disney enfrenta agora uma nova ameaça ao negócio de turismo, por causa do coronavírus. O grupo fechou, em Xangai, um resort que vale US$ 5,5 bilhões, e anunciou que também fechará seu parque em Hong Kong em decorrência à epidemia.

A unidade de televisão da Disney viu sua receita subir 23%, com a adição das redes de TV paga e estúdios da Fox. Isso compensou os custos mais altos de direitos esportivos e a queda de assinantes da ESPN.

*Com informações da Bloomberg

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