Disney, Warner, DAZN: quem ainda disputa os direitos do Brasileirão?

Bárbara Sacchitiello
12 de setembro de 2024 - 6h02

(Crédito: Adobe Stock)

Atualizada às 15h42*

A lista de veículos e plataformas interessados em transmitir alguns dos jogos do Campeonato Brasileiro a partir de 2025 só aumenta. Atualmente, a Liga Forte União (LFU), que representa um grupo de clubes do futebol nacional, negocia com cinco diferentes players que desejam exibir a competição.

Fazem parte da LFU clubes como Atlético-GO, Athletico-PR, Botafogo, Corinthians, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Juventude e Vasco.

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A LFU, portanto, negocia os direitos de transmissões dos jogos que tiverem esses times como mandantes.

As negociações indicam que o campeonato mais importante do País deve estar mais pulverizado do que nunca na mídia brasileira a partir do próximo ano.

A reportagem apurou que, ao todo, serão negociados seis jogos da LFU por rodada. Desse total, dois já estão fechados – embora os contratos ainda não tenham sido assinados.

A Live Mode, empresa responsável pela comercialização dos direitos de transmissão, acertou com Record, Google (YouTube) e Amazon (Prime Video) para as transmissões até o ano de 2027.

Record e YouTube terão os mesmos 38 jogos de cada temporada. As duas empresas abriram mão da exclusividade e exibirão, cada uma em sua janela de atuação, os mesmos jogos a cara rodada.

A Record já confirmou que transmitirá os jogos na TV aberta, no R7.com e no PlayPlus, enquanto o Google exibirá as partidas em sua plataforma de vídeo.

O Prime Video, que também acertou a negociação com a LFU, terá outro jogo exclusivo por rodada. A plataforma de streaming já tem o futebol nacional em seu cardápio desde 2021, quando passou a exibir a Copa do Brasil. O Brasileirão, portanto, ampliará a oferta de esportes na plataforma.

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Warner, DAZN, Globo e Google ainda na disputa

Com dois dos seis jogos de cada rodada negociados, ainda restam 4 partidas na mesa da LFU, que tem despertado o interesse de players que desejam exibir os jogos em canais pagos ou no modelo pay-per-view.

De acordo com o apurado pela reportagem, atualmente estão negociando os jogos do Brasileirão a Warner Bros. Discovery, Disney+, DAZN, Globo e também o Google.

Diversos tipos de negociação estão sendo colocados à mesa. A Globo, por exemplo, quer levar os jogos para o Premiere, sua plataforma de pay-per-view, enquanto DAZN+ e Disney+ querem ter as partidas no streaming como trunfo para atrair mais assinantes.

A Warner Bros. Discovery poderia fazer com o Brasileirão o mesmo que faz com a Champions League, cujos jogos são exibidos no canal linear, o TNT Sports, e na plataforma Max.

Já o Google, mesmo tendo garantido a transmissão de 38 jogos por temporada no YouTube, tenta negociar outro pacote. A ideia da empresa, segundo informações apuradas, é oferecer ao público um pay-per-view de um jogo por rodada, aos moldes do que já faz nos Estados Unidos, com o NFL Sunday Ticket, que exibe o jogo de domingo da liga de futebol americano.

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Ainda de acordo com apurações da reportagem, não está garantido que cada um dos quatro jogos da rodada ainda disponíveis será negociado com players diferentes. É possível, por exemplo, que um dos players fique com metade ou até mesmo com todos os jogos negociados. Pela estratégia da LFU, contudo, a expectativa é que a fragmentação seja intensa e que vários players realmente estejam com o futebol a partir do próximo ano.

Essa pulverização fica ainda maior se for considerado que toda essa negociação diz respeito somente a LFU, que representa cerca de metade dos times do Brasileirão. A outra parte, a Libra, já firmou acordo de exclusividade com a Globo em abril.

Por isso, até 2029, a Globo (TV aberta), bem como o sportv e Globoplay terão direitos de exibir os jogos que tiverem como mandantes Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético Mineiro, Grêmio, Vitória, Bahia e Red Bull Bragantino.

*A primeira versão desse texto trazia a informação de que a Netflix estava entre os players que estão negociando os direitos de transmissão da LFU. A empresa, por meio de sua comunicação, entrou em contato com a reportagem afirmando que a informação não procede.