Distinguir notícias reais de falsas é desafio para jovens
Estudantes têm dificuldade em avaliar credibilidade de páginas
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Karina Balan Julio
23 de novembro de 2016 - 11h54
As redes sociais têm recebido críticas por dar visibilidade à notícias falsas, que não são novidade no ambiente online, mas que guardam um potencial perigoso sob a ação de algorítimos orientados pelas preferências dos usuários. Uma pesquisa da Stanford University divulgada esta semana, no entanto, mostra que o problema pode estar também na formação midiática das pessoas, ou “media literacy”.
O levantamento, feito desde 2015 com 7.804 estudantes de ensino fundamental, médio e college em 12 estados americanos, mostra que a maior parte dos jovens não consegue distinguir notícias falsas de notícias reais e conteúdo patrocinado. Quando se trata da filtragem de informações nas mídias sociais ou manchetes em uma busca no Google, adolescentes e jovens podem se equivocar facilmente.
Entre os alunos do ensino fundamental, foram testadas habilidades de definir a credibilidade de diferentes tweets e artigos. Uma das tarefas era explicar porque não é possível confiar totalmente em um artigo patrocinado por um banco e escrito por um executivo. Também foi pedido que identificassem matérias e peças publicitárias. Muitos deles não citaram a autoria ou o patrocínio como fatores para não acreditar no artigo e 80% acreditaram que um post nativo, identificado como “conteúdo patrocinado”, era uma notícia real.
Já os alunos do ensino médio foram testados sobre convenções de mídia sociais, como a marca azul que verifica se uma página é legítima ou não. Eles analisaram dois posts sobre a candidatura de Donald Trump: um verificado pela conta da Fox News, e outro de uma conta falsa da Fox News. Somente um quarto dos estudantes reconheceram e explicaram o significado da marca azul, e mais de 30% argumentaram que a conta fake era mais confiável.
Quatro a cada dez alunos acreditaram, por exemplo, que uma foto de flores deformadas em uma plataforma de compartilhamento de imagens era uma evidência de condições tóxicas próximo à planta de Fukushima no japão, ainda que a foto não fizesse referência a nenhuma fonte.
“Isso indica que estudantes focam mais no conteúdo dos posts nas mídias sociais do que em suas fontes. Apesar da fluência em mídias digitais, muitos estudantes não conhecem convenções básicas para verificar informações digitais”, afirmou um dos pesquisadores responsáveis em nota da Stanford.
Os alunos de College, de seis universidades diferentes, foram avaliados através de pesquisas do Google, que muitas vezes apresentam resultados contraditórios. Para isso, eles tiveram que filtrar resultados que analisavam diversos assuntos sob pontos de vista diferentes e avaliar a credibilidade de sites. Foi descoberto que, se o site tiver uma interface atrativa, com links para organizações renomadas e páginas “sobre nós” razoáveis, os alunos são mais propensos a confiar nele sem checar sua credibilidade.
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