Eleições 2022: Twitter adota abordagem mais proativa
Plataforma visa combater desinformação sobre o processo eleitoral a partir da promoção de informações confiáveis, treinamento e identificação de candidatos
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Thaís Monteiro
4 de abril de 2022 - 11h30
Como parte dos esforços das plataformas sociais em prol de um período eleitoral baseado em informações verídicas, o Twitter anuncia nesta segunda-feira, 4, uma série de medidas novas. A intenção da empresa é facilitar o acesso a mais contexto e informações confiáveis e o fará a partir de três pilares: proteger a integridade do processo, possibilitar serviços para acesso a informação confiável e estabelecer parcerias para qualidade de serviços.
Para identificar aqueles que são os representantes dessas eleições, o Twitter implementa etiquetas para especificar os candidatos a presidente, governadores(as), e senadores(as) e deputados(as) federais e a qual cargo eles concorrem. Essas etiquetas serão adicionadas ao perfil do candidato pelo próprio Twitter proativamente com base nos cadastros junto ao TSE e são obrigatórias. Elas devem ser retiradas assim que as eleições acabarem. O Brasil é o segundo país a receber o recurso, que foi usado nas eleições dos Estados Unidos. “São tantos candidatos e sabemos que o público vai ao Twitter vai para conversar sobre eleições, seguir os candidatos e entender o programa que ele está propondo”, explica Daniele Kleiner, líder da área de Políticas Públicas do Twitter no Brasil.
Segundo a executiva, a empresa está engajada em combater conteúdo que intimide ou engane os usuários de forma que faça com que eles não participem do processo eleitoral por desacreditar no sistema. O Twitter, então, trabalhará na repressão e prevenção de conteúdo nocivo, assim como promover o engajamento nas eleições. “Todos os atores tem um papel em promover as instituições e entendemos que temos a possibilidade de contribuir nesse aspecto para entender o valor do voto e como ocorre o processo eleitoral”, contribui.Assim, para providenciar informações confiáveis aos usuários, a plataforma criará pre-bunks moments, ou seja, uma seleção de publicações de fontes críveis que serão dispostas nas abas Explorar, Tendências e buscas; debunks moments, que visam explicar narrativas falsas que estão circulando, como, por exemplo, se as urnas são manipuladas; irá oferecer dicas sobre os processos, como tirar, transferir e regularizar o título, entre outros; e implementará uma seção especial que concentrará conteúdo curado e moments sobre as eleições, assim como o Twitter fez com a Covid-19. Em parceria com o TSE, a empresa irá notificar o usuário a buscar informações no site do Tribunal Superior Eleitoral quando buscar termos relacionados a eleição.
Haverá um time de curadoria do Twitter dedicado exclusivamente a identificar narrativas enganosas para esclarecimento. Os moments podem ser feitos a partir dessa demanda por esclarecimentos ou de forma proativa pela equipe da plataforma.
Quanto à desinformação, o Twitter adotará uma abordagem multifatorial. Há a possibilidade da plataforma remover conteúdo nocivo, mas a empresa também trabalha com diminuição do alcance das publicações, contraposição das informações enganosas, como a estratégia dos moments, e aumento de fricção, como o recurso que notifica o usuário caso ele vá compartilhar um link sem ler.
Outra abordagem adotada é a educação. O Twitter irá realizar treinamentos sobre a plataforma e boas práticas para funcionários dos tribunais eleitorais, para os partidos políticos, para jornalistas regionais e agências de checagem e para organizações da sociedade civil relacionadas a grupos politicamente minimizados. “Sem as parcerias não íamos conseguir um debate público de qualidade”, afirma a executiva. Algumas das regras tem duração limitada para o período, mas podem se estender conforme a necessidade da plataforma.O Twitter segue proibindo propaganda eleitoral paga na plataforma por acreditar que as conversas devem ser orgânicas. “Fizemos essa decisão global porque entendemos que é um espaço que os candidatos deveriam conversar com o público, mas entendemos que deve ser de forma orgânica e não paga. Isso é diferente de outros tipos de campanhas. Anúncio político eleitoral é muito específico. É diferente do ministério de saúde fazer. Ele é para promover um serviço”, contextualiza Daniele.
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