Em cenário competitivo, Globo estreita relações com líderes do futebol
Empresa reuniu dirigentes de clubes e executivos de agências e anunciantes para destacar a importância das transmissões na grade às vésperas do início do Brasileirão 2025
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Bárbara Sacchitiello
21 de março de 2025 - 15h50
Equipe de narradores, apresentadores e comentaristas da Globo reuniram-se com dirigentes de clubes e profissionais do mercado publicitário (Crédito: Globo/Bob Paulino)
Nessa quarta-feira, 19, a Globo recebeu em sua sede, em São Paulo, dirigentes dos maiores clubes de futebol do Brasil, além de representantes da CBF e executivos do mercado publicitário.
De acordo com a empresa, o motivo do encontro foi celebrar o futebol e a parceria da Globo, que mais uma vez se prepara para dar início às transmissões do Campeonato Brasileiro, porém, sob um diferente modelo de negociações de direitos de transmissão.
Por conta da entrada em vigor da chamada nova Lei do Mandante, que permite que o clube mandante defina unilateralmente os direitos de transmissão de cada partida, o futebol brasileiro se organizou em duas grandes ligas, para conduzir essas negociações: de um lado, a Libra, que agrega clubes como Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Santos e Atlético Mineiro e, do outro, a Liga Forte União (LFU), que agrupa Corinthians, Botafogo, Fluminense e Fortaleza.
Ainda em abril do ano passado, a Globo firmou um contrato de longo prazo com a Libra, garantindo a permanência de boa parte dos jogos do Brasileirão desde ano para seus veículos. A empresa exibirá os jogos que tiverem os clubes da Libra como mandantes até 2029, em todas as plataformas (TV aberta, SporTV, Premiere e streaming).
Enquanto a Globo se alinhou com a Libra, o outro grupo, a LFU, deu preferência às negociações pulverizadas. Acabaram garantindo os direitos de transmissão dos clubes da LFU a Record, YouTube (CazéTV) e Prime Video. Os acordos da LFU foram intermediados pela Live Mode.
Porém, quando parecia que a Globo ficaria com apenas uma das ligas, no fim de janeiro deste ano, aempresa acertou uma parceria com a LFU. Pelo contrato, a Globo terá, em média, quatro jogos exclusivos e um não exclusivo dos clubes da LFU no Campeonato Brasileiro, a cada rodada.
Considerando esse acordo com a LFU e o anterior, firmado com a Libra, a cada rodada do Brasileiro (que é composta por 10 jogos), nove serão de direito da Globo, que distribuirá as partidas em suas plataformas abertas e pagas. Os clubes e as emissoras organizaram uma espécie de sorteio, cuja ordem de prioridade varia a cada semana, para organizar quem exibirá qual jogo do Brasileirão.
Apesar da maior competitividade em um território que, por anos, foi praticamente só seu, e tendo de lidar com a concorrência na própria TV aberta, além dos streamings e canais digitais, a Globo, por conta das negociações atuais, não deixou de ser o veículo de mídia com a maior quantidade de acordos para as exibições do futebol nacional.
Até por isso, a empresa viu a necessidade de celebrar essa nova fase das parcerias, inclusive com a presença de seu diretor-presidente, Paulo Marinho.
No comunicado a respeito do evento, Marinho cita que 2025 é um ano comemorativo para o grupo, que completa 100 anos, e reforçou a importância do futebol para a construção dessa trajetória.
“Somos o grupo de comunicação que mais investe no futebol brasileiro, porque temos a brasilidade na nossa essência. Investimos em inovação, em tecnologia de ponta, na contratação de grandes profissionais para entregar ao torcedor a melhor transmissão e a melhor cobertura”, disse Marinho.
O encontro aconteceu em meio ao desenrolar de outra negociação importante para o futebol brasileiro: a venda dos direitos da série B do Campeonato Brasileiro. Para esse acordo, Libra e LFU se uniram e irão negociar os direitos com os veículos em conjunto.
Além da importância em termos de conteúdo, por ser algo que, há décadas, atrai uma audiência fiel e interessada, o futebol também é altamente estratégico para os negócios da Globo. Há anos, é o futebol na emissora que sustenta o título de pacote comercial mais valioso (e mais caro) da mídia brasileira.
Apenas na TV aberta, são oito os patrocinadores do futebol na Globo, que englobam o Brasileirão e a Copa do Brasil, são: Amazon, Ambev, Betnacional, Itaú, Natura, Perdigão, Stellantis (Fiat) e Vivo.
O preço de cada uma das cotas de patrocínio superava os R$ 269 milhões no plano comercial oferecido ao mercado publicitário.
Já na TV paga, o Sportv terá Ambev, Bradesco, Jeep, e Novibet como patrocinadoras. A Betano, por sua vez, ocupará o Top de 5 segundos nos dois canais.
Até pela importância do futebol como negócio, a Globo fez questão de levar para o encontro executivos de marcas como Itaú, Vivo e de agências de publicidade, como Africa Creative e Galeria, que são parceiros de longa data do futebol da emissora.
O encontro na sede da Globo também contou com as presenças dos narradores, comentaristas e apresentadores esportivos da casa, como Karine Alves, Fred Bruno, Luis Roberto, Ana Thaís Matos, Júnior, Luiz Carlos Jr, Eric Faria, Denílson, Renata Silveira, Ricardinho e outros.
No comunicado, Paulo Marinho fala sobre as mudanças no cenário do futebol na mídia, mas reforça que, para a Globo, o posicionamento como um veículo que valoriza e promove o esporte segue o mesmo. “Muita coisa mudou ao longo de todos esses anos, mas eu queria lembrar aqui o que não mudou. Primeiro, a nossa visão de ser um lugar onde todos podem se encontrar e se reconhecer. O Esporte é um desses lugares de encontro e o Futebol, o principal exemplo”, concluiu o executivo.
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