Em nova proposta, Elon Musk quer comprar o Twitter por US$ 43 bilhões

Giovana Oréfice
14 de abril de 2022 - 10h13

Após desistir de integrar o conselho do Twitter, Elon Musk apresentou uma proposta de compra à rede social. O executivo agora quer adquirir a plataforma pagando US$ 54,20 por ação (cerca de R$ 255), o que resultaria em um montante de aproximadamente US$ 43,3 bilhões.

A movimentação acontece depois que o CEO da Tesla adquiriu pouco mais de 9% das ações da empresa, na semana passada. O anúncio foi feito pelo próprio Musk em seu perfil na rede social.

 

https://twitter.com/elonmusk/status/1514564966564651008

O valor representa 54% a mais do que a plataforma valia em ações antes do início dos investimentos de Musk. Ainda, a nova proposta prevê um aumento de 38% no preço das ações antes do dia 1 de abril. 

A continuidade da transação está pendente da aprovação dos demais acionistas do Twitter. Caso seja aprovada, a rede social deixa de ser uma empresa de capital aberto, ou seja, não terá mais ações disponíveis na bolsa de valores de Nova York. Já para o magnata, a compra adicionaria ainda mais riquezas ao seu patrimônio, já calculado em cerca de US$ 219 bilhões – valor que chega a R$ 1 trilhão. O Twitter, então, se juntaria às demais propriedades de Musk, como Tesla e SpaceX. 

A oferta dá continuidade a uma série de alegações que o CEO  da Tesla tem feito ao Twitter nos últimos dias. Ele apontou que ela estaria limitando a liberdade de expressão e até postou sobre cogitar a criação de uma rede social própria com um algoritmo distinto do utilizado até então.

Agora, Musk diz em carta à companhia acreditar “em seu potencial de ser a plataforma voltada para a liberdade de expressão em todo o mundo”, além de voltar no tópico da liberdade de expressão, acreditam que esse é um imperativo social para uma democracia funcional e reforçando que, para atender ao objetivo, é necessário que o Twitter se torne uma empresa de capital fechado. 

O Twitter ainda não se posicionou sobre a nova oferta. Contudo, o homem mais rico do mundo já apontou que:  “Se o negócio não der certo, já que não tenho confiança na administração nem acredito que possa conduzir a mudança necessária no mercado público, precisarei reconsiderar minha posição como acionista”.