Mídia brasileira é citada no Panama Papers
Quatorze executivos de comunicação possuem relação com offshores criadas pela Mossack Fonseca
Quatorze executivos de comunicação possuem relação com offshores criadas pela Mossack Fonseca
Em uma nova reportagem da série Panama Papers, o jornalista Fernando Rodrigues revelou 14 empresários e executivos de mídia do Brasil que aparecem relacionados com empresas de paraísos fiscais criadas pela firma panamenha de advocacia Mossack Fonseca.
O fato de estarem citados na lista por si só não configura nenhum tipo de crime. A lei do Brasil permite que qualquer cidadão mantenha empresas em paraísos fiscais desde que elas sejam registradas e constem na declaração do Imposto de Renda.
Entre os citados estão uma neta de Roberto Marinho, fundador da Globo, além de diretores e ex-executivos do Grupo Globo. Constam na lista empresários das TV Verdes Mares, o apresentador Ratinho, dono da Rede Massa de Televisão, ex-executivos da TV Manchete, o proprietário da TV Pajuçara, em Alagoas, e sócios das emissoras de televisão Studio Vale do Paraíba.
Também estão na lista Ruy Mesquita Filho e o presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado, Walter Fontana Filho, além de o jornalista que trabalha em revistas da Editora Abril José Roberto Guzzo.
Procurados pelo jornalista Fernando Rodrigues, todos os empresários citados negaram irregularidades.
UOL, Estadão e RedeTV juntos
Série Panama Papers
O Panama Papers passou a ser publicado no inicio de abril. O esforço de apuração durou um ano e, no total, participaram da reportagem 376 jornalistas de 76 países. Foram apurados mais de 11,5 milhões de arquivos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, obtidos pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e compartilhado com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
No Brasil, o jornalista Fernando Rodrigues, representando o portal UOL, o Estadão e a RedeTV! publicam as informações relacionadas à série Panama Papers. A apuração inclui réus da Lava Jato, da Zelotes e do Mensalão, e os nomes de 156 pessoas no alto escalão da Polícia Federal, entre vários outros grupos. O Panama Papers está sendo chamado de maior esquema global de corrupção.
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