ESPN investe em multiplataforma
Canal desenvolve novas plataformas para acompanhar usuário dia e noite
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4 de maio de 2011 - 4h11
O ESPN, que é a marca número 1 em esportes dos Estados Unidos, investiu pesado para se tornar a opção de tela em qualquer plataforma e horário que o usuário quiser consumir seu conteúdo. O vice-presidente de multiplataformas de marketing e comunicação do ESPN, Eric Johnson, que participou da primeira seção de debates do ProXXIma 2011, que acontece nesta quarta-feira, 4, e quinta-feira, 5, em São Paulo, apresentou as iniciativas que o canal tem feito para acompanhar, sobretudo, a evolução do usuário/telespectador/internauta/autor de conteúdo.
Segundo Johnson, para os anunciantes, os desafios são muitos: a fragmentação da mídia, o retorno sobre o investimento (ROI, na sigla em inglês), multitarefas, proliferação de telas, penetração da tecnologia (que agrega ainda mais usuários ao ecossistema) e a geração de conteúdo pelo usuário são apenas alguns dos aspectos que têm alterado drasticamente o ambiente da mídia tradicional.
Apenas as mídias sociais que, nos últimos cinco anos, têm dominado os ambientes corporativos e mudado profundamente o relacionamento entre marcas e consumidores, consumiram investimentos e esforços da ESPN para serem integradas às plataformas tradicionais do canal como a TV, a revista impressa e o site.
Nos Estados Unidos, segundo o vice-presidente da ESPN, 96% do conteúdo de esporte é transmitido ao vivo. E em todas as telas: TV, iPad, Xbox Live, iPhone, PC e notebook. “Por conta disso, desenvolvemos produtos como ESPN3 e agregamos mais eventos. O ESPN3 não é TV, e sim vídeo”, explica. Na verdade, o ESPN3 é um serviço de live streaming de vídeo que transmite parte da programação da ESPN como partidas de futebol, de beisebol, de vôlei, de futebol americano e outros. “Mais telas criam, efetivamente, mais audiência”, diz o executivo. E enumera: TV, TV1, TV2, TV3… “Quanto mais telas, melhor é o resultado”, repete.
Johnson destaca o fato de que, pela primeira vez nos Estados Unidos, o número de lares com aparelhos de TV caiu: dados da Nielsen registram que 96,7% dos domicílios têm televisores, ante os 98,9% em 1991, há 20 anos. Portanto, para acompanhar a fragmentação do usuário, que busca conteúdo em outras telas, a ESPN aposta em múltiplas telas, seja na TV ou em qualquer outro dispositivo, móvel ou não.
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