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Estadão e as celebrações dos 150 anos

CEO da S/A O Estado de S. Paulo, Erick Brêtas aborda a comunicação do jornal para o sesquicentenário, os tempos atuais para o jornalismo e as novidades do veículo


24 de janeiro de 2025 - 6h03

Erick Brêtas assumiu como CEO do Estadão há sete meses, celebra os 150 anos do jornal e dá continuidade à transformação do veículo (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Erick Brêtas, que assumiu como CEO do Estadão há sete meses, celebra os 150 anos do jornal e dá continuidade à transformação do veículo (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

O Estadão, ou o jornal O Estado de S. Paulo,   completou 150 anos no dia 4 deste mês.

Estadão, 150 anos e o hub digital

Para celebrar a data ao longo deste ano, há o hub digital especial que reúne histórias desse sesquicentenário.

Assim, no mesmo dia 4, circulou o primeiro especial alusivo à data comemorativa, com depoimentos de leitores, personalidades e de jornalistas do Estadão e destaques de algumas das principais coberturas da história do veículo.

Ainda, o processo de transformação digital do jornal começou em 2017, com a criação da unidade de estratégias digitais, e abrangia, à época, as áreas de assinaturas e do mercado publicitário.

Em 2019, de fato, esse avanço chegou à redação, com a mudança no ciclo de produção de notícias e união das equipes de internacional e política para fazer o conteúdo digital.

Captação e aporte

No ano passado, houve, pelo menos, dois movimentos que dão continuidade à evolução do jornal: em maio, foi feita a captação, via emissão de debêntures, de R$ 142,5 milhões, por investidores institucionais de private banking, e o aporte de R$ 15 milhões de membros da família Mesquita, controladora da S/A O Estado de S. Paulo.

Em seguida, em julho, houve o anúncio do CEO Erick Brêtas para liderar a S/A O Estado de S.Paulo. Francisco de Mesquita Neto, que até então liderava a empresa, passou a presidir o novo conselho de administração de O Estado de S.Paulo.

Brêtas é o criador do streaming Globoplay, lançado em 2015.

Brêtas no Estadão

Há sete meses no cargo, Brêtas recebeu Meio & Mensagem na sede do jornal para falar sobre os 150 anos do Estadão, as mudanças de orientações nas policies da Meta, por ora nos EUA, o avanço da digitalização do veículo e as estratégias e expectativas da mídia.

A entrevista, de fato, saiu na edição impressa 1243, de 20 de janeiro.

Além da versão impressa, a edição semanal de Meio & Mensagem está disponível na banca digital do site e no aplicativo mobile.

Além do que saiu no impresso, Meio & Mensagem publica agora material inédito da entrevista com Brêtas.

Comunicação da marca Estadão

No final de novembro de 2024, a Africa Creative se tornou a nova agência do Estadão. A parceria passou a valer este mês. Antes, a conta era atendida pela FCB Brasil.

A Africa Creative já desenvolveu a nova marca do jornal, com identidade visual composta por elementos de cada período relevante para o Estadão. Agora, tem a missão de desenvolver os desdobramentos dos 150 anos do veículo.

“Você conhece os dois líderes da Africa, o Márcio Santoro e o Sérgio Gordilho, que são craques absolutos são. São ferozes, né? Tive a felicidade, no meu último ano na Globo, de ter ganhado o Caboré com o Globoplay e foi o ano em que eles também ganharam como melhor agência”, recorda Brêtas.

Ficamos ali nos bastidores comemorando as nossas corujas. Além de termos essa afinidade prévia, eles são grandes fãs do Estadão. O Santoro conta que o avô lia o jornal e, portanto, tem aquela memória afetiva de ler em família. E eles nos procuraram e falaram: “Gostamos de marcona. Trabalhamos com Itaú, como a Vale. E a gente quer o Estadão também.”

“Aí conversamos, chegamos às condições e eles estão fazendo um trabalho que é excepcional. Estamos muito felizes com essa primeira leva de entregas, colocamos o cavalinho (do jornaleiro, Bernard Gregoire, que foi o primeiro jornaleiro da cidade de São Paulo a entregar o jornal a cavalo no século 19) que eles desenharam na capa do nosso especial de 150 anos e tem muito mais coisa.”

“De fato, o Estadão, é um jornal que sempre foi muito low profile. Não fica se jogando confete. Não acho que a gente vá se jogar confete, mas precisamos falar um pouco mais das coisas que estamos fazendo.”

Jornalismo X fake news

Brêtas diz que, na verdade, todo dia, nas redes sociais, tem alguém dizendo que o jornalismo acabou.

“Precisamos dizer que não, não acabou. Nosso trabalho é mais necessário do que era antes da invenção das redes sociais, das plataformas de vídeo. Por causa do uso que essas plataformas podem ter para desinformar, enganar. Porque o jornalismo é o que ajuda as pessoas a encontrarem a informação boa, de qualidade, verificada. Inclusive a informação de que as pessoas podem entender como as reportagens foram produzidas”, diz.

Para o CEO, de fato, há muitas críticas que se fazem ao jornalismo. “Muitas, injustas. Mas algumas justas também. Porque o jornalista, às vezes, se coloca num pedestal e não quer explicar como chegou a determinadas conclusões. Evidentemente que o sigilo da fonte sempre vai ser preservado. Mas é importante que os jornalistas expliquem ao público como chegaram à informação, especialmente aos mais jovens. Que não entendem, às vezes, a diferença entre uma reportagem que foi apurada durante um mês de trabalho e a opinião de alguém que ligou o celular, começou a falar e pensou aquilo na hora”, exemplifica.

Queda da ponte e emendas parlamentares

Quando desabou a ponte entre Tocantins e Maranhão, com 17 mortes, pouco dias antes do Natal, o Estadão enviou equipe ao local. E outra equipe ficou em Brasília com o trabalho de passar um pente fino nas emendas parlamentares para saber como haviam sido usadas no Maranhão e no Tocantins. Enquanto isso, a equipe local conversou com as pessoas que dependiam daquela ponte e acompanhou o trabalho de resgate.

“A equipe de Brasília encontrou coisas inacreditáveis. Havia algumas emendas, que podiam ser consideradas legítimas ali para a saúde. Mas tinha emenda para show, tinha emenda para iluminação LED (para o Natal), quer dizer as emendas foram para shows e iluminação LED, mas não para a ponte que caiu. E que matou 17 pessoas. Para podermos fazer essa afirmação que a ponte poderia ter recebido dinheiro de emenda e não recebeu, que esse dinheiro foi para outras coisas, muitas pessoas se mobilizaram. Teve viagem, repórter e fotógrafo que foram até o lugar. Teve alguém que ficou checando os sistemas em Brasília”, detalha.

De fato, afirma: “Portanto, isso não é opinião. É uma coisa que demora dias e dias de apuração, processaento, edição. O leitor, quando recebe uma informação dessa, entende melhor a realidade. E talvez perceba que essa distribuição de emendas sem critério não está fazendo bem para o Brasil, que é preciso ter mais transparência. E aí a pessoa começa a fazer as conexões. Porque quando lê uma reportagem que tem todas essas informações, entende melhor a realidade. Entende que a ponte caiu porque houve negligência. Não é só apontar o celular e fazer uma live. É preciso que as pessoas entendam que o processo para se chegar a uma informação bem apurada, é muito mais complexo do que apenas ligar o celular”, analisa.

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