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Facebook é acusado de praticar monopólio ilegal nos EUA

Venda do Instagram e do WhatsApp estão entre as medidas apontadas pela comissão de comércio para reduzir a estratégia do Facebook de eliminar concorrentes


9 de dezembro de 2020 - 19h05

*Por Garett Sloane, do Advertising Age

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos está chamando o Facebook de um monopólio “ilegal”, alegando que a empresa se envolveu em atividades anticoncorrenciais ao adquirir o WhatsApp e o Instagram. O caso tem o potencial de quebrar o Facebook, um objetivo que muitos de seus rivais políticos mais severos têm procurado atingir.

 

FTC já havia aprovado aquisição do WhatsApp e Instagram (Crédito: Kon Karampelas/Unsplash)

Na quinta-feira, 3, o órgão regulador federal entregou o tão esperado caso contra o Facebook, que está sob escrutínio há mais de um ano por reguladores e legisladores em todo os EUA. “Redes sociais pessoais são centrais para a vida de milhões de americanos”, disse Ian Conner, diretor do bureau of competition da FTC, no anúncio. “As ações do Facebook para entrincheirar e manter seu monopólio negam aos consumidores os benefícios da concorrência. Nosso objetivo é reverter a conduta anticompetitiva do Facebook e restaurar a concorrência para que a inovação e a livre concorrência possam prosperar”, explicou o diretor.

“A FTC está buscando uma liminar permanente na Justiça Federal que poderia, entre outras coisas: exigir alienações de bens, incluindo Instagram e WhatsApp; proibir o Facebook de impor condições anticompetitivas aos desenvolvedores de software; e exigir que o Facebook busque aviso prévio e aprovação para futuras fusões e aquisições”, diz a denúncia.

Segundo caso antitruste
O Facebook emitiu sua primeira reação em um comunicado no Twitter: “Estamos revendo as queixas e teremos mais a dizer em breve”, disse. “Anos depois que a FTC liberou nossas aquisições, o governo agora quer uma revisão sem levar em conta o impacto que esse precedente teria na comunidade empresarial mais ampla ou nas pessoas que escolhem nossos produtos todos os dias”, pontuou.

Este se torna o segundo caso antitruste de alto perfil a sair de Washington este ano. Em outubro, o Departamento de Justiça entrou com um processo contra o Google sobre seu domínio o setor de pesquisas.

A denúncia contra o Facebook aborda os motivos pelos quais a empresa comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014. Houve preocupações de que essas aquisições foram impulsionadas por uma estratégia para comprar a concorrência nas mídias sociais.

A queixa da FTC também discute como o Facebook usou sua plataforma para colocar rivais em desvantagem. A queixa menciona o Vine, que o Twitter possuía. O Facebook teve a reputação de impedir que rivais usassem algumas de suas ferramentas mais sofisticadas relacionadas a anúncios e dados.

A queixa da FTC foi acompanhada por 48 Estados, o que poderia lhe dar poder de permanência na próxima administração, quando o presidente eleito Joe Biden assumir a Casa Branca e o controle das nomeações da FTC.

**Crédito da imagem no topo: Pixabay/Pexels

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