Facebook lança Marketplace
Competindo apenas com OfferUp, LetGo, Wallapop, Close5, o Marketplace chega nos EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia
Competindo apenas com OfferUp, LetGo, Wallapop, Close5, o Marketplace chega nos EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia
Victória Navarro
4 de outubro de 2016 - 16h31
A cada mês, 450 milhões de pessoas visitam grupos de compra e venda no Facebook e agora, aproveitando esses dados, a empresa está lançando um guia em seu aplicativo dedicado ao peer-to-peer (p2p) de compras. Nos EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, o Marketplace chega somente em aparelhos celulares, no entanto, caso se popularize, poderá ser expandido globalmente e na web também.
Esse novo recurso permite que o usuário navegue em seu feed por ordem de relevância, visualizando itens para comprar com base na proximidade entre os usuários e que liste o seu próprio material para a venda. Além disso, a integração com o Facebook Messenger possibilita tanto pechinchar quanto organizar um encontro para saber com quem se está lidando.
No Craigslist, não se sabe nada sobre o comprador ou vendedor, porém, os perfis do Facebook dizem muita coisa. É difícil golpistas com contas falsas construírem grandes números de amigos, por exemplo. Entretanto, na novidade do Facebook, falta uma maneira para os compradores e vendedores avaliarem-se mutuamente, um espaço para listarem itens em más condições e reclamarem sobre aumento de preços de última hora ou atrasos nos encontros.
O Facebook está apostando alto no Marketplace, considerando a sua tomada sobre um ponto principal na barra de abas de navegação, substituindo o atalho Messenger no Facebook para iOS. Essa localização privilegiada poderia fazer do Marketplace uma referência de compras na versão digital.
Vale ressaltar que a rede social está tentando ganhar o comércio local por quase uma década. Em 2007, tentou primeiro um “marketplace” para listar classificados como habitação e empregos, por exemplo. Mas, essa funcionalidade nunca ganhou uma atenção massiva e, em 2009, o Facebook transferiu o controle para Oodle, plataforma de comércio ligada ao marketplace que, no entanto, foi fechada em 2014. No ano passado, o Facebook tomou outro rumo, a construção de um post especial nos grupos, a opção For Sale, que conquistou quase um quarto do seu 1,71 bilhão de usuários, visitando a cada mês. Até que em outubro do ano passado, o Facebook começou a testar o recurso Local Marketplace que evoluiu para o Marketplace lançado hoje.
Partindo da ideia de que o usuário já gasta, por dia, cerca de 50 minutos no Facebook, Messenger e Instagram, a empresa confia no sucesso, uma vez que o Marketplace estará a um toque de distância dentro do Facebook, ao invés de ficar enterrado na guia Mais (aquele botão que fica no canto superior direito) como muitos recursos. A vantagem é que as pessoas não precisarão baixar um novo aplicativo para se envolver, afinal o acessararão diretamente do Facebook.
O Craigslist e muitas outras plataformas de e-commerce p2p são muito focados em fornecer toneladas de anúncios de texto em uma única página. Diferente de muitos que foram construídos primeiro para a web, o Maketplace foi desenvolvido para dispositivos móveis e competirá com OfferUp, LetGo, Wallapop, Close5 e outras startups.
Nele, não estão autorizados a venda de armas, serviços para adultos ou outras coisas ilegais, por exemplo. Dito isto, o Facebook não assume a responsabilidade por fraudes ou outras questões durante a transação.
Três características
1. Procure para comprar: Marketplace se abre para uma alimentação filtrada de itens que você pode comprar de sua comunidade. Graças às tags (ou hashtags), as pessoas podem adicionar os itens em suas listas e o Facebook analisará o conteúdo das páginas com inteligência artificial (IA) combinado com aquilo o usuário clicou like e com as coisas que navega no Marketplace, organizando os anúncios por ordem de relevância;
2. Vender seu material: em vez de ter de criar um novo perfil, o usuário pode facilmente tirar uma foto do seu item, adicionar uma descrição, definir um preço inicial e publicar a sua lista;
3. Buscar pelo arredor: junto com a navegação por categorias específicas, como casa ou eletrônicos, também pode-se procurar por algo específico e filtrar o que se vê por localização, categoria, preço ou através de um mapa. Se encontrar algo que queira, a localização aproximada do vendedor aparecerá, mas não o seu endereço exato (ao menos, é o que o Facebook afirma).
* Com informações do TechCrunch.
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