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Facebook mantém decisão de banir conta de Donald Trump

Conselho Independente, no entanto, determina que a plataforma reveja o posicionamento daqui seis meses


5 de maio de 2021 - 16h25

Perfil de Donald Trump (Créditos: Bloomberg)

 

*Texto da Bloomberg

Donald Trump continua impedido de fazer postagens no Facebook. O Conselho Independente de Supervisão de conteúdo da empresa tomou a decisão de manter o exílio do ex-presidente da maior rede social do mundo e o deixando sem um de seus canais favoritos para alcançar apoiadores e incitar oponentes.

O conselho recomendou, também, que a plataforma volte a avaliar o assunto daqui seis meses. Além do Facebook, o ex-presidente dos Estados Unidos também continua banido do Twitter.

“Como nós declaramos em janeiro, acreditamos que nossa decisão foi necessária e certa e estamos satisfeitos que o conselho reconheceu que as circunstâncias sem precedentes justificaram a medida excepcional que tomamos”, disse o Facebook, em um post.

A companhia suspendeu a conta de Trump depois dele encorajar seus apoiadores a marcharem em frente ao Capitólio, em 6 de janeiro deste ano, como forma de tentar parar a contabilização de votos do colégio eleitoral que nomearia o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O banimento, originalmente, era temporário, mas depois passou a ser definitivo.

O Conselho de Revisão do Facebook argumentou que as repetidas acusações de Trump a respeito de votos fraudulentos na eleição dos Estados Unidos criaram um ambiente “onde um sério risco de violência era possível.”

“No momento dos posts de Trump, havia um claro e imediato risco prejudicial e as suas palavras de apoio àqueles envolvidos nos protestos legitimaram suas ações violentas”, escreveu o conselho. “Como presidente, o senhor Trump tem um alto nível de influência”, complementou.

O Facebook, agora, deve agir dentro de suas regras existentes, seja restaurando a conta de Trump, banindo-o permanentemente ou impondo um limite em sua suspensão, diz Michael McConnell, copresidente do conselho de revisão, em conversa com repórteres. O conselho recomenda que dentro de seis meses o Facebook revise sua conduta, deixado claro sua decisão, complementa.

As próprias políticas do Facebook não autorizam uma suspensão indefinida e usuários não podem ser deixados em um “estado de incerteza” a respeito da restauração – ou não – de suas contas, disse McConnell.

O Facebook perguntou ao conselho, um grupo independente de acadêmicos, advogados e outros profissionais, a respeito da decisão de suspender Trump e se isso deveria ser revertido. A empresa comprometeu-se a seguir as recomendações desse conselho.

O consenso, porém, foi de que, apesar da rede social ter tido uma justificativa para suspender a conta de Trump dada as sérias violações com seus posts de janeiro, mas que não é apropriado que a rede social imponha uma suspensão indefinida.

Após seis meses, o conselho aconselha que o Facebook reexamine a penalidade arbitrária e decida a penalidade apropriada. Segundo o conselho, a empresa deve balancear a penalidade contra o prospecto dos danos futuros e deve consistir dentro das regras da própria rede social. “Na aplicação de uma penalidade vaga e sem padrões e então deixando o caso para o conselho resolver, o Facebook procura evitar suas responsabilidades”, diz o conselho, adicionando que “insiste que o Facebook aplique e justifique uma penalidade definida.”

A decisão chega em um momento onde as plataformas de mídias sociais estão enfrentando um exame minucioso da forma como lidam com conteúdo político e desinformação. Trump também foi banido do Twitter em janeiro, em uma atitude que o Twitter diz ser permanente. O ex-presidente dos Estados Unidos também foi bloqueado do Snapchat, YouTube e Twitch, entre outras redes, após os protestos no Capitólio.

**Traduzido por Henrique Cesar

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