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Facebook admite falha em métricas

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Mídia

Facebook admite falha em métricas

Plataforma admitiu, nesta quinta-feira, 22, que números de vídeos sofreram supervalorização de 60% a 80%


23 de setembro de 2016 - 14h08

As ações do Facebook caíram nesta sexta-feira, 23, após a empresa ter anunciado que uma de suas métricas de audiência de vídeos permaneceu errada por dois anos, o que inflou artificialmente os números informados aos anunciantes. Segundo a empresa, durante esse período, a duração média de visualização de vídeo não considerava usuários que assistiam aos vídeos por menos de três segundos. A duração média de visualização mostra até que ponto os usuários assistiram a um determinado vídeo, ferramenta importante para os anunciantes analisarem por quanto tempo um vídeo é capaz de prender a atenção do usuário, por exemplo.

No entanto, o Facebook considerou na média apenas os usuários que viram o vídeo por mais de três segundos. Esse pequeno detalhe fez os números informados pelo Facebook serem entre 60% a 80% maiores do que realmente deveriam ser, de acordo com a Publicis Media. Ao jornal Wall Street Journal, grandes anunciantes criticaram o Facebook. O diretor de marketing da Unilever, Keith Weed, afirmou que o fato da rede social não permitir que terceiros obtenham suas próprias métricas nos conteúdos publicados no Facebook seria equivalente a “deixar que os alunos deem notas para sua própria lição de casa”.

Em um memorando, a Publicis Media – que, segundo estimativas, gostou mais de US$ 77 bilhões em mídia em 2015 – afirmou que “para se distanciar das métricas incorretas, o Facebook está descontinuando [as antigas métricas] e lançando ‘novas’ métricas”. Depois da polêmica, o Facebook trocou o nome de “Average Duration of Video Viewed” (duração média de visualização do vídeo) para “Average Watch Time” (tempo médio de visualização). Segundo a empresa, o erro não impactou na cobrança e os parceiros já foram avisados sobre a mudança.

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