Farofa das marcas: os eventos criados por influenciadores
Festas, como o São João da Thay e Farofa da Gkay, engajam multidões nas redes e chamam atenção de marcas por suas entradas comerciais
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Taís Farias
17 de maio de 2022 - 7h00
Os eventos criados por influenciadores têm se tornado ativos importantes que, além de viralizar nas redes sociais, atraindo muito mais público do que o ali presente, podem ser explorados pelas marcas. No entanto, existem particularidades dessas ocasiões, que devem ser analisadas pelas empresas enquanto patrocínio.
Neste ano, a Mynd, agência de marketing de influência liderada por Fátima Pissarra, Carlos Scappini e Preta Gil, assumiu a comercialização do São João da Thay. Diferente das tradicionais festas juninas, o São João da Thay foi criado pela influenciadora Thaynara OG e reúne uma série de criadores de conteúdo, celebridades e, claro, marcas. O projeto é aberto ao público, que pode comprar ingressos para participar da festa e assistir a inúmeras atrações musicais. O São João da Thay é também uma ação beneficente e destina, anualmente, parte do valor arrecadado para uma instituição parceira.
Para a influenciadora, outro objetivo da ação é divulgar a cultura e o turismo de São Luís do Maranhão, onde acontece a festa. Somadas, as três edições do evento arrecadaram mais de R$ 600 mil. De acordo com a organização, em 2017, foram mais de 195 mil; em 2018, mais de 200 mil; e na edição de 2019, mais de 217 mil. Após dois anos de hiato, em razão da pandemia, o evento retorna em 2022 e vai acontecer no dia 28 de junho.
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No evento de lançamento, com o anúncio da data, a influenciadora assinou um compromisso de doação de mais de R$ 200 mil reais ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), neste ano. Para a criadora de conteúdo, um dos principais desafios é, de fato, conseguir engajar as pessoas e marcas. “É um evento que tem muitas variantes e muita gente trabalhando como voluntária. Então tudo tem que ser administrado com muito carinho”, afirma Thaynara.
No entanto, ela avalia que a edição 2022 tem tido um bom desempenho comercial. “A cada ano, a confiança só aumenta, e ainda mais empresas querem participar. Neste ano especialmente, a procura está muito grande, acredito que devido ao hiato de dois anos e ao sucesso do evento de lançamento”, aponta a influenciadora.
Os números do São João da Thay, assim como a parceria firmada para comercialização, são indicativos de algo que vai além do sucesso da festa beneficente. “Os eventos de influenciadores já começam com uma garantia de altíssima exposição nas redes sociais, porque envolvem criadores de conteúdo muito grandes, que têm ampla reverberação em perfis de fofoca e entretenimento”, pontua a CEO da Mynd, que encara esses eventos como uma nova forma de se conectar com o público jovem e gerar exposição on e offline.
Ainda assim, ela destaca que existem desafios para as companhias que decidem embarcar em eventos como esses. “O principal desafio da marca é estar aberta ao que realmente vai ser divulgado nas redes sociais a partir da experiência proporcionada no evento, mesmo que ela seja uma patrocinadora”, afirma Fátima Pissarra. “Também é muito importante ouvir as ideias do influenciador, já que o evento é dele. Não adianta a marca impor, afinal, ele é a pessoa que mais conhece seus amigos e seguidores e vai saber a melhor forma de se comunicar. Ambos precisam trabalhar juntos no desenvolvimento da ideia e na melhor forma de expor a marca”, completa a executiva.
No ano passado, a Farofa da Gkay, evento realizado pela influenciadora e humorista Gessica Kayane, foi capaz de furar a bolha de seus seguidores nas redes sociais e ganhar o mainstream. Em março, a criadora de conteúdo chegou a lançar um documentário sobre o evento, com estreia no Cinema do Conjunto Nacional, em São Paulo. Quando a última edição da Farofa foi realizada, em dezembro do ano passado, Gkay chegou a questionar publicamente marcas que recusaram entrar no projeto como patrocinadores e, depois, teriam aproveitado o buzz nas redes para se promover.
A influenciadora conta que, neste ano, o cenário mudou radicalmente. Nos quatro primeiros meses do ano, Gkay já completou quase todas as cotas de patrocínio do evento, que acontece em dezembro. “O principal aprendizado que eu tirei com essa recusa inicial das marcas, no ano passado, é que você precisa acreditar na sua ideia. Se você acredita no seu negócio, por mais que os outros não acreditem, vai dar certo. Foi o que eu fiz. Acreditei no meu case e investi o meu dinheiro, tempo, às cegas – jamais imaginei que teria tamanha repercussão – e, graças à Deus, deu certo”, conta a influenciadora.
Para o próximo ano, Gkay tem a ambição de tornar o evento um festival de música aberto ao público. “Quero alçar voos maiores. Que as pessoas tenham a oportunidade de curtir esse evento como um festival de vários dias e tenham essa experiência. Comercialmente, a Farofa tem essa segunda etapa”, divide.
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