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Festival de Annecy homenageia animação brasileira

Com maior delegação dos últimos anos para o evento na França, País terá mostra de obras clássicas e contemporâneas, e uma campanha da Apex-Brasil, criada pela F/Nazca


22 de maio de 2018 - 18h03

Animação completou cem anos no Brasil no ano passado (crédito: Burak Kebapci/Pexels)

A edição 2018 do Festival de Annecy, responsável por trazer à tona o cenário de cinema de animação, homenageará o Brasil. O evento, que acontece entre 11 e 16 de junho na França, colocará o País em destaque por meio de clássicos e de obras contemporâneas brasileiras, exibidas no espaço Mercado Internacional do Filme de Animação (Mifa), que ocorre em paralelo ao evento entre 12 e 15 de junho — o Anima Mundi fez a curadoria dessas mostras especiais. A referência ao Brasil é resultado do amadurecimento do setor, que completou cem anos no Brasil no ano passado.

Segundo dados, fornecidos pelo Ministério da Cultura (MinC), em 2017, o Brasil lançou sete longas de animação — nos 22 anos anteriores, 2014 foi o ano que apresentou mais filmes da categoria, quatro. Neste ano, 25 longas-metragens de animação brasileiros estão em fase de produção. Desde 2007, quando foi criado o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), R$ 109 milhões foram investidos em produções do gênero por essa iniciativa financeira, administrada pelo MinC por intermédio da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

A delegação brasileira para Annecy, que nas últimas quatro edições teve, em média, de oito a dez empresas, nesta edição conta com 36, todas elas integrantes de projetos parceiros da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) com entidades setoriais como Cinema do Brasil e FilmBrazil. Além disso, oito produções nacionais estão indicadas em cinco categorias no evento deste ano. As peças que concorrem aos prêmios foram inscritas pelas produtoras.

Para Marcos Magalhães, diretor do Anima Mundi, plataforma de animação que participará do Festival de Annecy, o mercado brasileiro está em uma fase boa de crescimento em termos de criatividade. “Desde cedo, a animação do Brasil firmou-se como uma criadora de conteúdo e nunca como uma mão-de-obra contratada por outros países”, fala. Tecnologia, formas de investimentos e apoios institucionais e governamentais, segundo o profissional, auxiliaram o amadurecimento do setor de animações brasileiro.

Nesta edição, com o objetivo de reforçar a capacidade e a qualidade de produção do audiovisual brasileira, a Apex-Brasil lança uma campanha, criada pela F/Nazca. A comunicação afirma que os cem anos de animação no Brasil possibilitou ao País desenvolver um conteúdo contemporâneo e global. A campanha conta com posteres, que mais tarde formarão um livro comemorativo dos cem anos de animação brasileira; site mobile; publicidade no Festival de Annecy; branded content com a Vice, para expor as novas linguagens da propaganda audiovisual do Brasil; e cobertura de influenciadores.

Crédito da foto do topo: Steve Johnson/Pexels 

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