Assinar

Folha passa a cobrar pelo conteúdo online

Buscar

Folha passa a cobrar pelo conteúdo online

Buscar
Publicidade
Mídia

Folha passa a cobrar pelo conteúdo online

Folha.com dá a largada ao modelo de assinatura paywall de conteúdo digital nesta semana


18 de junho de 2012 - 9h50

Com lançamento previsto para esta segunda-feira 18, a Folha.com passa a cobrar pelo conteúdo consumido pelo internauta, independente de ser versão digital do conteúdo impresso ou notícias produzidas para o próprio portal. A modelo do que vem acontecendo nos Estados Unidos e na Europa, a Folha decidiu adiantar o a iniciativa de monetização pelo conteúdo disponibilizado na internet. O paywall, como é chamado o modelo de “assinatura” para o conteúdo digital, segue o mesmo formato implantado por The New York Times há mais de um ano.

“É como o modelo do jornal impresso: o leitor paga pelo conteúdo e o anunciante pela audiência. Essa audiência atrai o anunciante”, conta Antonio Manuel, diretor superintendente do Grupo Folha. A ideia é que o conteúdo seja monetizado tanto pelo anunciante quanto pelo leitor. De acordo com o diretor, o investimento que é feito para a criação desse conteúdo hoje, não tem a contrapartida financeira suficiente para compensar. Isso porque, segundo ele, o grande investimento publicitário de web não está nos sites noticiosos.

Os internautas poderão ler até 20 artigos, à partir do 21º será obrigado a fazer um cadastro, o que dará acesso para mais 20 artigos. Se o internauta quiser ler mais que isso terá que pagar o valor estipulado – no primeiro mês de experimentação será de R$ 2,00, depois o preço será de R$ 29,90. Depois de pago, o usuário poderá acessar quantos artigos quiser nesse mês. A diferença é que não será uma assinatura renovável, ou que o usuário deverá pagar no próximo mês. “Se ele quiser ler só 20 notícias no próximo mês, não irá pagar”, conta Manuel.

O executivo confessa que espera a queda no número de visitas, atualmente o portal da Folha.com contabiliza 232 milhões de pageviews por mês. Mas o executivo explica que os outros players do mercado devem agir da mesma maneira até o fim do ano. “Discutimos a monetização do conteúdo digital no Maximídia deste ano, tanto o Estado, o Globo e o Lance já disseram que tem iniciativas de cobrar pelo produto. Isso deve acontecer até o fim do ano, estamos apenas dando o primeiro passo”, explica.

À medida que os demais veículos forem fazendo o mesmo movimento, a disputa volta a ser pela qualidade. Apesar da queda inicial, o executivo mantém o positivismo. “Deixando o conteúdo aberto por acesso limitado, vamos manter a audiência do leitor que não é heavy user do portal e a fidelidade do assinante”, conclui. Os assinantes das versões impressa e digital, além do Uol terão acesso ilimitado.

Os principais concorrentes da Folha, o Estado e O Globo, confirmaram projetos de cobrar pelo conteúdo que até então é disponibilizado gratuitamente. 

wraps

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Itaú e CazéTV fecham parceria para cocriação de conteúdo por 3 anos

    Itaú e CazéTV fecham parceria para cocriação de conteúdo por 3 anos

    Acordo envolve cocriação de conteúdos originais, além de presença nas transmissões da Fifa, conteúdos proprietários, branded content e novos modelo

  • Guia do Brasileirão, da Placar, tem naming rights da Betano

    Guia do Brasileirão, da Placar, tem naming rights da Betano

    Pela primeira vez na história, publicação esportiva negocia seu nome com uma marca