Gigante alemã quer competir com Ibope
Desde o ano passado, GfK estaria estudando o mercado de mídia nacional para implementar medidor de audiência de TV
Desde o ano passado, GfK estaria estudando o mercado de mídia nacional para implementar medidor de audiência de TV
Bárbara Sacchitiello
3 de abril de 2013 - 6h49
As informações que circulam no mercado desde o segundo semestre do ano passado sobre a entrada de um novo player de pesquisa de audiência, enfim, começam a ser confirmadas. A empresa alemã GfK, que atua globalmente na área de pesquisa, está colhendo dados e aprimorando a tecnologia para entrar no mercado brasileiro oferecendo seu serviço de pesquisa de audiência na TV. A GfK é a quarta maior empresa de pesquisa do mundo, atrás apenas da Nielsen, Kantar e Ipsos.
A informação é garantida por Fábio Wajngarten, sócio do Controle da Concorrência, empresa que, há anos, monitora e tabula dados de inserções comerciais e conteúdo televisivo. Em entrevista ao Meio & Mensagem, Wajngarten declarou que está intermediando as negociações entre a GfK e as emissoras brasileiras e que o principal entrave que sempre dificultou a entrada de um novo player – o alto custo da captura de dados e da elaboração de pesquisas televisivas – já foi equacionado.
“Em todas as reuniões que fizemos a questão do preço nunca foi apresentada como um problema. Pelo contrário, considerando toda a estrutura e a tecnologia da GfK, os custos apresentados aos veículos acabaram sendo bem compatíveis com os do mercado”, revela o sócio do Controle da Concorrência. Ele garante, também, as primeiras rodadas de apresentação da GfK à mídia nacional foram bem-sucedidas, mas ressalta que nenhum acordo foi formalizado até o momento.
“Existe uma demanda reprimida de todo o mercado pela existência de um novo player nessa área. Já presenciamos diversas manifestações de veículos que questionaram os dados apresentados”, relembra Wajngarten. Na semana passada, executivos da GfK estiveram no Brasil para dar continuidade ao projeto da criação da área de pesquisa de audiência.
Wajngarten conta que a aproximação com a empresa alemã aconteceu por conta de um e-mail, enviado por ele à sede da GfK em julho do ano passado, no qual traçava um panorama da mídia brasileira e salientava a oportunidade existente na área de pesquisas de audiência de TV. A diretoria da GFK teria respondido à mensagem e, a partir daí, quatro encontros presenciais já teriam sido realizados no Brasil para a elaboração do projeto.
Procurado pela reportagem, o SBT, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que foi procurado pela GFK, mas que, por enquanto, nenhuma negociação foi concretizada. A emissora, no entanto, exalta a iniciativa. “Na avaliação feita pelo SBT, trata-se de um grande Instituto de pesquisa com tecnologia e nível de qualidade de serviços muito bons e que atendem a todas as necessidades das emissoras, agências e anunciantes”, comunicou a emissora, por meio da assessoria de imprensa da emissora.
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