Meio & Mensagem
27 de julho de 2022 - 11h16
(Crédito: Sergei Elagin/Shutterstock)
A Alphabet Inc., controladora do Google, reportou uma receita de US$ 57,47 bilhões no segundo trimestre deste ano (excluindo os valores pagos a parceiros de distribuição), o que representa uma alta de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora tenha ficado próximo à previsão dos analistas, que projetavam uma receita de US$ 58 milhões, esse é o menor ritmo de crescimento do Google nos últimos dois anos.
O aumento dos valores obtidos com publicidade indica que a companhia pode estar mais resistente aos impactos que afetaram outras plataformas tecnológicas no mundo, como Snap e Twitter.
As receitas com publicidade do Google refletem “elevada atividade de consumo online e uma força ampla dos investimentos dos anunciantes”, declarou, em comunicado, Ruth Porat, chief financial officer da companhia.
Mais transparência
Também nesta quarta-feira, 26, o Google apresentou uma nova ferramenta de transparência de tecnologia de anúncios que, na visão da companhia, pretende eliminar as possíveis “taxas ocultas” aos anunciantes em toda a sua cadeia programática.
A ferramenta foi apresentada por Allan Thygesen, presidente do Google nas Américas, que explicou que a tecnologia exibirá todo o valor investido pelo anunciante em anúncios programáticos, comparando-os com os valores recebidos pelos publishers, no caso, veículos e plataformas que veiculam os anúncios.
“Nossa intenção é realmente ajudar nossos parceiros anunciantes e a indústria, de forma geral, rumo à maior transparência. Os publishers e os compradores poderão comparar os dólares de forma direta, para verificar que nenhuma taxa ficou oculta”, declarou Thygesen.
Essas tais “taxa ocultas” têm sido um ponto sensível na indústria de tecnologia, já que as agências e marcas estão preocupadas com a eficiência com que seu dinheiro tem sido utilizado. Há estimativas de que cerca de 15% dos investimentos do anunciante não sejam verificados com a mídia programática.
Governos e grupos comerciais têm voltado mais atenção a essa questão e realizado estudos para rastrear se há intermediários que se apropriam de valores investidos no processo de compra automatizada. No ano passado, a Associação Nacional dos Anunciantes dos Estados Unidos usou um estudo da PwC que apontava que menos de 30% do valor investido pelo anunciante ia diretamente para a mídia, com taxas ocultas que drenariam boa parte desse orçamento. Esse problema pode acontecer quando há fraudes, sites inseguros ou plataformas não confiáveis em meio aos processos.
Com informações do Ad Age