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Justiça dos EUA pode determinar divisão do Google por monopólio

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Justiça dos EUA pode determinar divisão do Google por monopólio

Possível desmembramento da empresa é consequência da violação de leis antitruste dos Estados Unidos a partir de mecanismo de buscas


10 de outubro de 2024 - 10h42

A justiça dos Estados Unidos considera pedir cisão dos negócios do Google a fim de acabar com o monopólio do serviço de buscas. Atualmente, a companhia detém mais de 90% do fluxo de buscas de toda Web.

retrospectiva google

(Crédito: Thaspol/AdobeStock)

Em agosto, o Departamento de Justiça (sigla DOJ, em inglês) declarou que a big tech violou leis antitruste do país e pede mudanças comportamentais e estruturais para impedir a permanência da soberania do navegador Chrome, bem como o sistema operacional Android e a Google Play Store.

O processo contra a controladora Alphabet foi aberto em 2020, por meio de uma ação que acusava a companhia de criar barreiras para impedir ou dificultar a entrada de concorrentes no mercado.

Entre os casos avaliados pelo juiz estão acordos bilionários junto a companhias como Apple e Samsung para manter o Google como serviço oficial de mecanismo de busca.

Além de uma possível divisão, a empresa poderia ser obrigada a compartilhar dados que alimentam seu sistema de busca com a concorrência. Apesar das possíveis implicações divulgadas pelo DOJ, o juiz a frente do caso, Amit Mehta, deverá determinar as decisões apenas no ano que vem.

Conforme indica reportagem do The New York Times sobre o caso, eventuais limites impostos ao mecanismo de busca podem abrir espaço para competidores como o ChatGPT, por exemplo.

O Google já tem enfrentando o TikTok, mas a plataforma ainda não é expressiva o bastante nesse quesito. O juizado avaliou que nenhuma companhia seria capitalizada o suficiente para quebrar o monopólio neste caso.

Além disso, o departamento julga o monopólio prejudicial não apenas para o mercado norte-americano e concorrentes, mas também uma ameaça para os usuários.

Esse seria o maior caso do tipo desde os anos 2000, em que a Justiça dos Estados Unidos acusou a Microsoft de manter o domínio sobre o segmento de softwares com o Windows e determinou a divisão da companhia de Bill Gates. Por meio de um recurso, a decisão foi anulada um ano depois.

O Google terá o direito de resposta e oportunidade de apresentação de proposta em uma segunda fase do julgamento, agendada para os próximos meses. Segundo o Financial Times, a companhia da Alphabet afirmou que irá recorrer a decisão a Suprema Corte dos EUA.

 

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