Qual o efeito de ter grandes squads de influenciadores?
Observando o grande potencial de influência dos criadores de conteúdo, marcas estão apostando na criação de grandes times de influenciadores
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Amanda Schnaider
30 de setembro de 2022 - 6h00
Uma pesquisa da NiMD FAAP e Emplifi, realizada neste ano, mostrou que o público interage mais com o conteúdos dos influenciadores nas redes sociais do que com o conteúdo das marcas. Os creators também têm grande influência sobre a decisão de compra dos brasileiros. Um estudo conduzido pela plataforma CupomValido.com.br, com dados da Statista e da HootSuite, revelou que cerca de 43% da população brasileira já adquiriu produtos ou serviços influenciado por um criador de conteúdo.
Observando esse grande potencial de influência que os cretors têm, tanto grandes quanto pequenas marcas já entenderam a importância de ter influenciadores dentro de suas estratégias de marketing. Algumas, inclusive, estão criando grandes squads de influenciadores, com os mais variados perfis.
Uma dessas é a Hershey, dona de mais de 80 marcas de chocolate, balas e confeitos em todo o mundo. Neste mês, a companhia apresentou o seu squad de embaixadores “Hershey lovers”, em parceria com a BR Media. Ao longo dos próximos meses, 50 micro e mega influenciadores digitais serão embaixadores da marca, entre eles estão nomes como Bruna Medeiros, Genize Ribeiro e a cantora e compositora Sabrina Lopes. Eles serão responsáveis por criar conteúdos com produtos do dia a dia, anunciar lançamentos e dar feedbacks em relação aos produtos das marcas.
Outra marca que trabalha com times grandes de influenciadores é a OMO, marca da Unilever. Em 2020, um estudo da Socialbakers, atual Emplifi, mostrou que a marca de produtos de limpeza foi a que mais investiu em influenciadores no Brasil. “Acreditamos que os influenciadores reforçam o elo entre marca e consumidores, reafirmando as mensagens e propósito de OMO”, reforça o Gerente Sênior de Marketing da marca, Vinicius Menezes.
Segundo Ricardo Silvestre, CEO e fundador da Black Influence, ter squads de influenciadores é extremamente estratégico para as marcas, porque assim elas conseguem falar ao mesmo tempo com mais pessoas, com os mais diversos perfis. “Se ela tem dez influenciadores, esses dez influenciadores têm seguidores diferentes. É estratégico para as marcas estarem dentro dessas comunidades e dessas audiências”, complementa.
Se conectar de maneira profunda e verdadeira com os consumidores foi um dos motivos que levou a Hershey a montar o seu squad, de acordo com Camila Ribeiro, Head de marketing da Hershey para a América Latina. “Eles conseguem se conectar de uma forma bem autêntica, conseguem expandir a mensagem. Quanto mais perfis temos, mais personalidades, estilos, diversidades conseguimos abracar”. Alcançar um público maior, com conteúdos diversos e que conversem todas as pessoas, gerando identificação também é um dos pontos positivos de ter um grande time de influenciadores, na visão do Gerente Sênior de Marketing da OMO.
Existem dois grandes desafios na hora de montar um time de influenciadores para ser a cara da marca, segundo Ricardo Silvestre: ter sinergia com os valores daquela empresa e representar a diversidade brasileira. “Esses perfis precisam ter um fit com a marca, falar a mesma língua e representar de fato os consumidores. É muito importante que haja diversidade, pensando em todos os recortes possíveis, haja visto a diversidade brasileira”.
Neste sentido, para escolher os influenciadores do seu squad, a Hershey, se uniu à BR Media para realizar um mapeamento dos influenciadores que já tinham contato e conexão com chocolate e com os valores da marca. Diversidade de gênero, raça e região também foi considerada na hora de montar o time. “Ter certeza de que conseguíamos refletir e se conectar com os consumidores nesse nível, trazendo esse olhar da diversidade, trazendo esse olhar de múltiplos pontos de vista é muito importante, porque é uma via de mão dupla”, enfatiza Camila.
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