IGTV, do Instagram, ainda carece de adesão no Brasil
Levantamento da mLabs com 1.247 pessoas aponta que produção de conteúdo dedicado ao formato ainda é baixa
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Luiz Gustavo Pacete
9 de agosto de 2018 - 9h32
Ele foi lançado em junho com o apoio, no Brasil, de influenciadores que mostraram a seus seguidores as possibilidades de produção de vídeo vertical. O IGTV, app do Instagram para vídeos mais elaborados, chegou a ser comentado como um provável concorrente do YouTube. Porém pouco mais de um mês depois de seu lançamento, um levantamento da plataforma mLabs, a pedido de Meio & Mensagem, mostra que o IGTV ainda tem baixa adesão em produção e consumo de conteúdo.
A mLabs realizou uma enquete com 1.247 usuários do Instagram de 30 de julho a 3 de agosto para entender a aceitação e adesão do público ao IGTV. Foram feitas três perguntas. À primeira, se o usuário produz ou já produziu conteúdo para IGTV, 83% disseram que não e 17% sim. Ao questionados sobre consumo de conteúdo nesse formato, 86% votaram em não e 14% em sim. Por fim, quando a pergunta foi sobre mudanças trazidas pelo IGTV na maneira como se navega no Instagram, 23% indicaram que sim ante 67% de nãos.Rafael Kiso, fundador da mLabs, destaca a baixa adesão do público nessa fase do IGTV, segundo os dados da pesquisa. “Porém, acreditamos que é cedo para ter conclusões quanto ao real impacto do formato. O IGTV ainda está em fase de implementação e seu processo de maturação poderá ser melhor avaliado nos próximos meses”, explica.
Ainda segundo Kiso, o IGTV pode ser um canal estratégico para comunicação das marcas com seus públicos. “Porém, diferentemente dos Stories, a produção de vídeos verticais longos representa um desafio estratégico maior e acreditamos que o crescimento dos canais de marca neste formato seja semelhante ao crescimento dos canais no Youtube.” Diego Monteiro, diretor da Smarty Talks, especializada em micro movies, concorda que ainda é cedo para dizer se o IGTV vai pegar ou não. “As redes sociais, hoje, mudam e evoluem suas funcionalidades de forma muito rápida. Mas podemos dizer que é muito difícil que, na forma atual, tenha grande adesão de criadores e usuários”, diz Diego.
De acordo com o diretor da Smarty Talks, o Facebook sabe que vídeos verticais não são ideal para se assistir por muito tempo ou se engajar no celular. “O Facebook fez o IGTV como uma decisão de negócios e não de experiência do usuário. É compreensível, visto os bilhões de dólares que o YouTube movimenta com publicidade. Querendo abocanhar esse mercado que, além de interessante em termos financeiros, também está repleto de criadores de conteúdo insatisfeitos que fizeram vídeos longos na vertical”.
“Apesar da baixa adesão, as coisas podem mudar”, comenta Diego. “A funcionalidade pode evoluir. Porém, temos de lembrar como o tema ‘vídeo’ é algo problemático para o Facebook. Apesar dos Stories no Instagram serem um sucesso, a empresa vem somando fracassos como o Watch (que tem até um estúdio próprio e verba de US$ 1 bilhão para produzir conteúdo), o próprio Stories no Facebook e, agora, esse início conturbado do IGTV”, explica.Compartilhe
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